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Livro Bege do Fed aponta recuo da inflação e sinaliza manutenção de juros

Livro Bege do Fed aponta recuo da inflação e sinaliza manutenção de juros

O Livro Bege do Fed, publicado nesta quarta-feira (6), aponta desaceleração na atividade econômica e na alta de preços, o que sinaliza para a provável manutenção dos juros nos EUA na próxima reunião do Fomc, o comitê de política monetária do banco central norte-americano, em 19 e 20 de setembro.

“A maioria dos distritos informou que o crescimento dos preços abrandou em geral, desacelerando mais rapidamente nos sectores da indústria transformadora e dos bens de consumo”, informa o texto.

O Livro Bege é publicado oito vezes por ano, sempre duas semanas antes da reunião do Fomc que define a taxa de juros – hoje estabelecida no intervalo entre 5,25% e 5,5% após uma alta de 0,25 pontos na última reunião, em 26 de julho. A ata daquela reunião aponta para a possibilidade de uma nova alta, se necessário, de acordo com os dados de inflação, atividade econômica e mercado de trabalho, mas o mercado, de forma geral, avalia que a taxa deve ser mantida.

O texto ressalta que alguns distritos verificaram altas localizadas em alguns setores, como seguros de propriedade, e que muitas empresas têm evitado repassar o aumento de custos para o preço final sob o risco de perda de vendas, o que tem impactado as margens de lucro das empresas.

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Sobre a atividade econômica, os distritos informam uma movimentação modesta, com gastos maiores que o esperado no turismo, o que foi considerado como um impacto tardio para o pós-pandemia de covid-19. “Mas outros gastos no varejo continuaram a desacelerar, especialmente em itens não essenciais”, destacou o relatório.

O texto enfatiza que alguns consumidores “podem ter esgotado as suas poupanças e estão dependendo mais de empréstimos para apoiar as despesas”. “As vendas de automóveis novos expandiram-se em muitos distritos, mas os contatos observaram que teve mais a ver com uma melhor disponibilidade de estoque do que com o aumento da procura do consumidor”, aponta o texto.

Os dirigentes também registraram melhoras nas cadeias de abastecimento, outro sinal que sugere queda no consumo. “As novas encomendas mantiveram-se estáveis ou diminuíram na maioria dos distritos e os pedidos em atraso diminuíram à medida que a procura de bens manufacturados diminuía”, diz o texto.

Outro fator apontado foi que os bancos em diferentes distritos tiveram “experiências mistas” com o crescimento da procura por empréstimos. “A maioria indicou que os saldos de empréstimos para consumo aumentaram e alguns distritos relataram inadimplências mais elevadas nas linhas de crédito ao consumidor. As condições agrícolas eram mistas, mas os relatos de seca e de custos mais elevados de fatores de produção eram generalizados”, registrou o banco.

Sobre o mercado de trabalho, o Livro Bege aponta “crescimento moderado”, com desaceleração no número de contratações e melhores índices de permanência de trabalhadores em setores como indústria de transformação e transportes.

“O crescimento das pressões sobre os custos laborais foi elevado na maioria dos distritos, excedendo muitas vezes as expectativas durante o primeiro semestre do ano. Mas quase todos os distritos indicaram que as empresas renovaram as suas expectativas anteriormente não concretizadas de que o crescimento salarial irá abrandar amplamente no curto prazo”, conclui o texto do Livro Bege do Fed.