O ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), teria pedido demissão do cargo após ter seu nome envolvido em uma denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por suspeita de desvio de emendas parlamentares. A saída ocorre em meio à pressão crescente sobre o governo e à promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de afastá-lo caso fosse formalmente acusado.
Até o momento, o governo federal ainda não definiu quem assumirá o comando da pasta, mas há uma movimentação interna do União Brasil para manter o ministério sob controle do partido.
A denúncia da PGR tem como base uma investigação da Polícia Federal que apura o uso irregular de recursos do chamado “orçamento secreto”, no período em que Juscelino Filho ainda era deputado federal.
Juscelino Filho teria desviado R$ 5 milhões
Segundo reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo em janeiro de 2024, Juscelino direcionou R$ 5 milhões para a pavimentação de uma estrada de terra localizada nas proximidades de sua fazenda, no município de Vitorino Freire (MA), onde sua irmã, Luanna Rezende, era prefeita à época.
De acordo com o relatório da PF, as licitações para as obras apresentaram indícios de direcionamento em benefício do empresário Eduardo José Costa Barros, conhecido como Eduardo DP. Em troca, o empresário teria feito repasses de propina ao então parlamentar por meio de intermediários.
Apesar das denúncias, Juscelino havia sido mantido no cargo pelo presidente Lula, que defendeu a permanência do ministro até que houvesse uma manifestação formal da PGR. Com a apresentação da denúncia, a permanência tornou-se insustentável, culminando em sua saída.
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