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JP Morgan alerta para risco de ciclo vicioso na taxa de juros

JP Morgan alerta para risco de ciclo vicioso na taxa de juros

A taxa de juros e os mercados de câmbio do país podem entrar em uma fase de “ciclo vicioso”. É o que avalia relatório do banco norte-americano JP Morgan (JPM; $JPMC34) em relatório divulgado nesta terça-feira (3). O cenário foi agravado pela combinação de fatores domésticos, como a recepção negativa ao novo pacote fiscal do governo, e condições externas desfavoráveis após as eleições nos Estados Unidos, que tradicionalmente impactam países emergentes.

Segundo o relatório, a contínua desvalorização do real frente ao dólar tem alimentado expectativas de inflação. Esse movimento pressiona o mercado a demandar maiores prêmios de risco, aumentando as preocupações com a sustentabilidade fiscal do Brasil.

Para o banco, a resposta das autoridades econômicas é crucial para conter o cenário de deterioração. Eles afirmam que, embora um eventual aperto monetário agressivo pelo Banco Central possa aliviar parte das pressões, ele não será suficiente sem uma sólida consolidação fiscal. A elevação dos juros, por outro lado, pode agravar a fragilidade fiscal, ao elevar o custo de rolagem da dívida pública.

JP Morgan ajusta estratégia sobre taxa de juros

Em meio às incertezas, o JP Morgan ajustou sua estratégia de investimento. O banco abriu uma posição tomada (aposta na alta das taxas) no contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2026, contra uma posição aplicada (aposta na queda das taxas) no DI de janeiro de 2028.

A expectativa é de uma inversão na curva de juros, com a meta de alcançar uma diferença de 100 pontos-base (pb) a favor do título de menor prazo. No momento da abertura da operação, a taxa do DI de janeiro de 2026 era de 13,91%, enquanto o DI de janeiro de 2028 operava a 13,99%, representando uma diferença inicial de 8 pb.

O diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, sinalizou nesta semana que os juros no Brasil devem permanecer elevados por um período mais prolongado. Ele destacou que o atual dinamismo econômico, somado à desvalorização do real, exige uma postura mais rígida da política monetária.

“Parece lógico que uma economia que vem mostrando maior dinamismo do que o esperado, juntamente com uma moeda mais desvalorizada, demande uma política monetária mais contracionista”, afirmou Galípolo, na ocasião.

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