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IVAR cai 0,31% em março de 2025

IVAR cai 0,31% em março de 2025

O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR) recuou 0,31% em março de 2025, interrompendo a tendência de alta registrada em fevereiro. Com isso, a variação acumulada em 12 meses caiu para 6,55%, uma desaceleração significativa frente aos 8,01% registrados no mês anterior.

A queda do IVAR sinaliza uma mudança no ritmo do mercado de locação residencial no Brasil, com destaque para Porto Alegre, que arrastou o índice para baixo com a maior retração entre as capitais analisadas.

Segundo Matheus Dias, economista do FGV IBRE, os resultados refletem um reequilíbrio entre oferta e demanda, especialmente em cidades que antes vinham apresentando altas expressivas.

“Desacelerações mais fortes em São Paulo e Porto Alegre influenciaram em grande proporção o IVAR em 12 meses em março. Apesar dos fatores macroeconômicos como taxas de juros elevadas e inflação em aceleração, que poderiam impactar os preços dos contratos novos e antigos, a dinâmica mais recente nessas cidades indica um movimento de reequilíbrio entre oferta e demanda”, afirma.

Capitais mostram trajetórias distintas

A análise regional mostra uma desaceleração generalizada em três das quatro capitais monitoradas. Porto Alegre liderou a queda com uma retração mensal de -5,30%, após já ter registrado -2,35% em fevereiro. A capital gaúcha também apresentou a maior desaceleração interanual: a variação acumulada em 12 meses caiu de 10,40% em fevereiro para 6,77% em março.

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São Paulo também contribuiu para a queda do índice geral, passando de um aumento de 2,83% em fevereiro para uma leve queda de -0,29% em março. No acumulado de 12 meses, a variação na capital paulista também diminuiu, saindo de 6,03% para 5,05%.

Em Belo Horizonte, o IVAR mensal desacelerou de 5,23% para 2,69%, enquanto o acumulado em 12 meses passou de 8,83% para 7,72%. Apenas o Rio de Janeiro contrariou a tendência, com alta mensal de 5,18% e leve avanço no acumulado de 12 meses, de 6,39% para 6,57%.

O que está por trás da mudança no IVAR

A oscilação do IVAR em março de 2025 parece refletir não apenas os impactos macroeconômicos, mas também uma dinâmica específica do mercado imobiliário urbano. A rápida valorização dos aluguéis nos últimos anos, em algumas regiões, pode ter levado os preços a um limite para os inquilinos, forçando um ajuste natural.

Além disso, o aumento na oferta de imóveis para aluguel, impulsionado por investidores que migraram da venda para a locação, tende a pressionar os preços para baixo, especialmente em áreas com menor demanda. Com os contratos sendo renegociados e novos acordos sendo fechados sob condições diferentes, os preços se realinham à realidade econômica.

Perspectivas para os próximos meses

A tendência de desaceleração do IVAR pode continuar, caso as condições macroeconômicas se mantenham instáveis e o mercado siga ajustando os preços. A expectativa é que os próximos meses tragam mais clareza sobre o rumo dos aluguéis residenciais nas principais cidades brasileiras. Fatores como a taxa básica de juros (Selic), a inflação e a retomada da renda das famílias terão papel central nesse cenário.

Enquanto isso, o comportamento do IVAR será um termômetro importante para entender as transformações do mercado imobiliário e o impacto direto no bolso dos locatários.

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