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Inflação sobe e juros ficam em 12,75%, projeta Focus para 2023

Inflação sobe e juros ficam em 12,75%, projeta Focus para 2023

A inflação sobe e os juros ficam estáveis, segundo projeção do Boletim Focus do Banco Central (BC) para o ano de 2023, conforme relatório divulgado na manhã desta segunda-feira (6).

Trata-se de um compilado da opinião de economistas consultados pela autoridade monetária e o objetivo é acompanhar os possíveis cenários para a economia brasileira.

Isso porque o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), para este ano, na projeção do Focus, passa de 5,74% para 5,78%. O indicador mede a inflação no país. Já o IPCA para 2024 passa de 3,90% para 3,93%.

Em relação à Selic, que é a taxa básica de juros do país, esta permanece em 12,50% este ano, conforme a última leitura. Para 2024, ela avança de 9,50% para 9,75%.

Em se tratando do Produto Interno Bruto (PIB), este recua de 0,80% para 0,79% em 2023, e permanece em 1,50% em 2024.

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O câmbio, por sua vez, permanece em R$ 5,25 em 2023, e permanece em R$ 5,30 em 2024.

Tabela mostra avanço do Focus, do BC.

Inflação da Indústria

O IPP (Índice de Preços ao Produtor), considerado a inflação da indústria, teve queda de 1,29% em dezembro e fechou o ano de 2022 com alta de 3,13%, o terceiro menor índice acumulado da série histórica iniciada em 2014. Os dados do IPP de dezembro foram divulgados dia 1º de fevereiro de 2023 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

É o quinto mês consecutivo de deflação no índice, como se vê no gráfico acima, depois de uma forte pressão inflacionária que deixou o índice em 28,45% em 2021. “Esse resultado consolida a trajetória deflacionária da indústria iniciada no segundo semestre, que pode ser associada, em grande medida, aos preços em baixa das commodities no mercado internacional”, explica Felipe Câmara, gerente do IPP.

Ele cita o petróleo, o minério de ferro e os insumos fertilizantes como alguns dos produtos de maior queda.

“A redução do preço do óleo bruto, acompanhando os preços internacionais, além de exercer impacto direto sobre o resultado das indústrias extrativas, naturalmente provoca uma redução de custos ao longo da sua cadeia derivada, como o refino e os outros produtos químicos, com reflexo no preço final praticado nesses setores”, completou o analista.