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Inflação do café: preço sobe 50% em 1 ano

Inflação do café: preço sobe 50% em 1 ano

A inflação do café atingiu um patamar preocupante: nos últimos 12 meses, o preço da bebida subiu 50%, sendo que só em janeiro o aumento foi de 8%. Essa alta expressiva não é um problema exclusivo do Brasil. Na bolsa de commodities de Nova York (ICE), a valorização foi ainda maior, chegando a 95% no mesmo período.

Inflação do café: por que subiu tanto?

O cafeeiro é uma planta sensível, que exige condições climáticas específicas para produzir bem. Poucos países garantem essas condições ideais, e dois deles são responsáveis por 55% da produção global: Brasil (38%) e Vietnã (17%).

O grande estopim para a alta dos preços ocorreu em novembro de 2024, quando o Brasil sofreu uma seca intensa justamente no período de florada das lavouras. Menos flores significam menos frutos e, consequentemente, uma safra menor. Para agravar a situação, o Vietnã também enfrentou condições climáticas adversas, reduzindo sua produção em 6% e as exportações em 47%.

A expectativa para a safra de 2025

A tensão no mercado aumentou com a chegada de 2025. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou previsões de queda de 4,4% na colheita brasileira, o que impulsionou ainda mais os preços. Em Nova York, o valor do café subiu 34% entre dezembro e fevereiro, acumulando uma alta expressiva desde novembro.

Oferta limitada e demanda crescente

A produção global de café estagnou desde 2020 e, na verdade, caiu 1%. Por outro lado, o consumo mundial aumentou 4%, impulsionado principalmente pela China, onde a demanda cresceu 40% nos últimos cinco anos. No Reino Unido, outro país tradicionalmente consumidor de chá, o consumo de café também explodiu, subindo 45% desde 2020.

Com o consumo superando a produção em 2021 e 2022, os estoques globais foram reduzidos pela metade: de 37,5 milhões para 20,8 milhões de sacas de 60 kg.

O impacto das mudanças climáticas

Produzir mais café para suprir essa demanda crescente não é simples. As mudanças climáticas têm tornado eventos extremos mais frequentes, afetando a produtividade das lavouras.

No Brasil, por exemplo, a ocorrência de ondas de calor aumentou drasticamente, passando de 7 por ano para 52. O cafeeiro é extremamente sensível a alterações no regime de chuvas e secas, tornando a produção ainda mais incerta.

Inflação do café e impacto no bolso

O cenário de baixa oferta e alta demanda faz com que a inflação do café continue pressionando os preços. Para piorar, a valorização do dólar em 2024, que subiu 27,3%, encareceu ainda mais o produto no Brasil, já que se trata de uma commodity altamente exportada.

Com isso, o aumento do preço do café nas bolsas de valores logo se reflete no bolso do consumidor, tornando a bebida indispensável do dia a dia cada vez mais cara.

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