O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), da FGV, considerado a inflação do aluguel (por ser utilizado no reajuste dos contratos) registrou alta de 0,89% em maio, demonstrando uma aceleração em relação ao mês anterior, quando a taxa foi de 0,31%. A expectativa do mercado era de alta menor, de 0,82%.
Com esse resultado, o índice acumula uma alta de 0,28% no ano e uma queda de 0,34% nos últimos 12 meses. Em maio de 2023, o índice tinha apresentado um recuo de 1,84% e acumulava uma queda de 4,47% nos 12 meses anteriores.
“Os preços ao produtor registraram uma variação de 1,06%, destacando-se a aceleração nos preços de matérias-primas brutas e bens intermediários. Entre as maiores influências positivas estão o minério de ferro, que passou de recuo de 4,78% para 8,18%, e o farelo de soja, que subiu de queda de 2,32% para 9,58%. Nos preços ao consumidor, a gasolina aumentou de 0,30% para 1,70%, enquanto a passagem aérea passou de recuo de 8,94% para alta de 0,47%. Esses movimentos responderam pela aceleração da taxa interanual do IGP-M”, detalhou André Braz, coordenador da pesquisa.
IGP-M: Inflação ao produtor
Em maio, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 1,06%, uma aceleração notável em relação a abril, quando registrou alta de 0,29%. Analisando os diferentes estágios de processamento, percebe-se que o grupo de Bens Finais variou 0,06% em maio, superior à taxa de -0,13% registrada no mês anterior.
Esse acréscimo foi impulsionado principalmente pelo subgrupo de alimentos processados, cuja taxa passou de -0,39% para 1,07%. O índice correspondente a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos de alimentos in natura e combustíveis para consumo, variou de 0,05% em abril para 0,50% em maio.
A taxa do grupo Bens Intermediários subiu 1,03% em maio, intensificando a alta observada no mês anterior, quando registrou 0,72%. O principal fator influenciador foi o subgrupo de materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 0,85% para 1,44%. O índice de Bens Intermediários (ex), excluindo combustíveis e lubrificantes para a produção, registrou alta de 1,01% em maio, após variar 0,63% em abril.
O estágio das Matérias-Primas Brutas apresentou uma alta expressiva de 2,15% em maio, comparado a abril, quando variou 0,24%. Essa aceleração foi influenciada principalmente por itens-chave como o minério de ferro, que inverteu de uma queda de -4,78% para uma alta de 8,18%, os bovinos, cuja taxa alterou de -1,37% para 0,43%, e o arroz em casca, que passou de -2,71% para 2,74%.
Em contraste, alguns itens tiveram comportamento oposto, como o cacau, que despencou de uma alta de 63,63% para -11,60%, a laranja, que retrocedeu de uma alta de 2,81% para uma queda de -12,20%, e a cana-de-açúcar, que apresentou novo recuo, passando de -1,09% para -2,33%.
IGP-M: Preços ao consumidor
Em maio, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou uma variação de 0,44%, avançando em relação à taxa de 0,32% observada em abril. Entre as oito classes de despesa que compõem o índice, cinco exibiram aceleração em suas taxas de variação. O maior impacto veio do grupo Educação, Leitura e Recreação, cuja taxa passou de -1,37% para 0,13%, destacando-se o subitem passagem aérea, que passou de -8,94% para 0,47%.
Também avançaram os grupos Transportes (0,24% para 0,66%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,63% para 0,78%), Comunicação (0,16% para 0,58%) e Despesas Diversas (0,18% para 0,20%). Destaques dentro desses grupos incluem gasolina (0,30% para 1,70%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,89% para 0,78%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,64% para 0,64%) e alimentos para animais domésticos (-0,67% para 0,42%).
Em contrapartida, os grupos Alimentação (0,83% para 0,51%), Habitação (0,54% para 0,29%) e Vestuário (0,05% para -0,58%) apresentaram recuo em suas taxas de variação, com as maiores influências vindas de frutas (3,35% para -1,73%), tarifa de eletricidade residencial (0,92% para 0,11%) e roupas (0,11% para -0,73%).
IGP-M: Inflação da construção
Em maio, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou uma alta de 0,59%, superior à taxa de 0,41% observada em abril. Analisando os três grupos constituintes do INCC, observam-se as seguintes variações: o grupo Materiais e Equipamentos avançou de 0,17% para 0,25%, o grupo Serviços teve uma elevação de 0,29% para 0,50%, e o grupo Mão de Obra registrou um novo avanço, variando de 0,74% para 1,05%.
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