A inflação ao consumidor na zona do euro (CPI) ficou em 4,3% de acordo com leitura anual prévia de setembro, divulgada nesta sexta-feira (29) pelo Eurostat, escritório oficial de estatísticas do bloco europeu.
Se confirmado, o resultado será inferior aos 5,2% registrados em agosto.
Analisando as principais componentes da inflação na área do euro, espera-se que os produtos alimentares, o álcool e o tabaco registem os valores mais elevados (8,8%, face a 9,7% em agosto), seguidos pelos serviços (4,7%, face a 5,5% em agosto), bens industriais não energéticos (4,2%, ante 4,7% em agosto) e energia (-4,7%, ante (-3,3% em agosto).

Inflação na Zona do euro: bloco já promoveu 10 altas de juros
Neste mês, o Banco Central Europeu (BCE) elevou a taxa de juros da zona do euro para nível recorde, após promover sua décima alta de juros, de 25 pontos-base.
A taxa de refinanciamento foi a 4,50%, de 4,25%. A taxa de empréstimos, de 4,59% para 4,75%. E a taxa de depósito, a 4%, de 3,75%.
Vale lembrar que a taxa de depósito era negativa em 0,5% em junho de 2022 e foi ao recorde de 4% em pouco mais de um ano. Uma taxa de juros negativa equivale a dizer que os europeus pagavam para deixar dinheiro no banco ao invés de ter qualquer rendimento.
A última decisão se baseou na necessidade de controlar a inflação, mesmo com os indicadores apontando para o enfraquecimento da economia.
A meta do BCE é de inflação ao consumidor na zona do euro em 2% ao ano, mas as projeções para o final deste ano estão bem acima: 5,6%. Para 2024, a expectativa é por 3,2%. E, em 2025, 2,1%. Ou seja, ainda há um longo percurso até que os preços cheguem ao que espera o BCE. Mas o banco central segue apontando que não há previsão sobre novas altas.