Copom: menos incerto, mais adverso
07 Out 2024 às 08:57 · Última atualização: 07 Out 2024 · 3 min leitura
07 Out 2024 às 08:57 · 3 min leitura
Última atualização: 07 Out 2024
O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou uma alta significativa de 1,03% em setembro, após ter avançado 0,12% em agosto. A divulgação foi feita nesta segunda-feira (7) pela FGV/Ibre.
Com esse resultado, o índice acumula um aumento de 3,12% no ano e 4,83% nos últimos 12 meses. Em setembro de 2023, o IGP-DI havia subido 0,45% no mês, mas acumulava uma queda de 5,34% nos 12 meses anteriores.
“Commodities importantes para o índice de preços ao produtor, como soja, bovinos, leite e laranja, tiveram aumentos expressivos entre agosto e setembro, o que colocou os produtos agrícolas como os principais responsáveis pela aceleração da inflação ao produtor. No índice voltado ao consumidor, os principais fatores foram energia elétrica, passagens aéreas, aluguéis residenciais, serviços bancários e cigarros, com o setor de serviços sendo o destaque. Já na construção civil, a alta nos preços dos materiais foi mais moderada, ajudando a conter a inflação no setor,” explicou André Braz, coordenador da pesquisa.
O IGP-DI é formado por três subíndices: Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), na proporção de 60%, 30% e 10%, respectivamente.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 1,20% em setembro, após um aumento de 0,11% no mês anterior.
Analisando os estágios de processamento, o grupo Bens Finais variou de 0,12% em agosto para 0,90% em setembro, com destaque para alimentos processados, cuja variação passou de 0,83% para 2,60%. O índice de Bens Finais (ex), que exclui alimentos in natura e combustíveis para consumo, subiu 1,19% em setembro, em comparação com 0,56% em agosto.
O grupo Bens Intermediários apresentou uma leve alta, passando de 0,61% em agosto para 0,62% em setembro, impulsionado pelos materiais e componentes para a manufatura, cuja variação subiu de 0,60% para 1,23%. O índice de Bens Intermediários (ex), que exclui combustíveis e lubrificantes para produção, subiu 1,05%, ante 0,69% em agosto.
As Matérias-Primas Brutas subiram 2,19% em setembro, revertendo a queda de 0,47% em agosto. Contribuíram para essa alta itens como soja em grão (-2,03% para 6,51%), leite in natura (0,65% para 5,37%) e bovinos (2,75% para 5,87%). Por outro lado, cana-de-açúcar (1,35% para 0,11%), aves (1,99% para 1,18%) e algodão em caroço (-2,74% para -3,13%) apresentaram quedas.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,63% em setembro, após ter caído 0,16% em agosto.
Seis das oito classes de despesa que compõem o índice apresentaram aumento em suas variações: Habitação (-0,40% para 1,72%), Alimentação (-1,03% para 0,04%), Educação, Leitura e Recreação (-0,60% para 1,51%), Despesas Diversas (0,45% para 1,85%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,14% para 0,37%) e Comunicação (0,16% para 0,31%). Os principais destaques foram a tarifa de eletricidade residencial (-2,09% para 7,04%), hortaliças e legumes (-17,25% para -9,56%), passagem aérea (-3,46% para 8,78%), cigarros (0,75% para 8,30%), artigos de higiene pessoal (-0,44% para 0,35%) e mensalidade de TV por assinatura (0,34% para 3,38%).
Em contrapartida, os grupos Transportes (0,82% para -0,32%) e Vestuário (-0,04% para -0,09%) registraram queda em suas variações, influenciados principalmente por itens como gasolina (2,29% para -0,96%) e roupas (0,07% para -0,23%).
O núcleo do IPC subiu 0,39% em setembro, 0,19 ponto percentual acima dos 0,20% registrados no mês anterior. Dos 85 itens do IPC, 42 foram excluídos do cálculo do núcleo, com 28 apresentando variações abaixo de 0,11% e 14 com variações acima de 0,59%. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com variação positiva, foi de 53,23%, uma alta em relação aos 48,71% observados em agosto.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,58% em setembro, abaixo do 0,70% registrado em agosto.
Os três grupos componentes do INCC apresentaram as seguintes variações: Materiais e Equipamentos (0,77% para 0,53%), Serviços (0,12% para 0,64%) e Mão de Obra (0,69% para 0,64%).
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