Vivendo de Renda com Ações
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Economia
Notícias
Carta do BC: inflação deve ficar acima do teto da meta até o 3TRI25

Carta do BC: inflação deve ficar acima do teto da meta até o 3TRI25

A carta do BC, divulgada pelo Banco Central (BC) em função do estouro do teto da meta da inflação, informou que uma das principais causas para ter ficado além do esperado foi o forte ritmo de crescimento da atividade econômica, da depreciação cambial e de fatores climáticos, em contexto de expectativas desancoradas e inércia da inflação do ano anterior. O documento diz ainda que a expectativa é que a meta seja estourada pelo menos até o terceiro trimestre deste ano (3TRI25).

Depois do terceiro trimestre, a expectativa é que a inflação volte a cair e o BC diz que tem tomado as medidas necessárias para garantir que a meta seja atingida, de acordo com a carta encaminhada ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que preside o Conselho Monetário Nacional (CMN).

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação no Brasil, registrou alta de 0,52% em dezembro de 2024, acima dos 0,39% observados em novembro. No acumulado do ano, a inflação fechou em 4,83%, ligeiramente acima dos 4,62% de 2023, segundo dados divulgados pelo IBGE.

Para 2025, as previsões indicam a possibilidade de um novo descumprimento da meta. O Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central projeta uma inflação de 4,9% para o ano, acima do teto de 4,5%.

Publicidade
Publicidade
Decomposição do desvio da taxa de inflação em relação à meta em 2024. Fonte: Banco Central (BC)

Carta do BC: pressão inflacionária atingiu vários segmentos

O documento da autoridade monetária informou que a pressão inflacionária envolveu os diferentes segmentos que compõem o IPCA, refletindo a diversidade dos fatores inflacionários.

“Em 2023, a inflação fora de valor semelhante, 4,62%, mas com comportamento bastante heterogêneo entre os segmentos, com pressão mais localizada em serviços e administrados Em 2024, os preços livres e os preços administrados aumentaram 4,89% e 4,66%”, justifica o banco, em carta assinada pelo novo presidente, Gabriel Galípolo.

Depreciação cambial

A carta diz ainda que a desvalorização do real ocorreu principalmente proveniente de fatores domésticos, complementada pela apreciação global do dólar norte-americano.

“A taxa de câmbio subiu de R$ 4,95/US$ na média do último trimestre de 2023 para R$ 5,84/US$ na média do mesmo período em 2024, uma variação de 18,0%”, informou o BC.

Outro fator foi a inércia inflacionária, que também teria impactado os dados no ano passado. De acordo com a autoridade monetária, no ano anterior, a inflação ficou em 2023 foi 4,62%, sendo 1,37 p.p. acima da meta.

“No caso dos preços livres, a inflação passada significa pressão corrente de custos, advinda tanto de outros preços de bens e serviços utilizados como insumos, quanto de mecanismos inerciais informais de indexação salarial”, informou.

Você leu sobre carta do BC. Para investir melhor, consulte os e-books, ferramentas e simuladores gratuitos do EuQueroInvestir! Aproveite e siga nosso canal no Whatsapp!