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Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) recua em março, mas menos do que o esperado

Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) recua em março, mas menos do que o esperado

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), da FGV, recuou 0,17% em março, ante queda de 0,65% em fevereiro. A expectativa era por recuo maior, de 0,34%.

No ano, o IGP-10 acumula queda de 0,40% e em 12 meses, recuo de 4,05%. Comparativamente, em março de 2023, o índice havia variado 0,05% no mês e acumulava um aumento de 1,12% em 12 meses.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) é subdividido em três principais categorias de produção, cada uma registrando aumentos em suas taxas de variação.

Em março, observou-se uma queda de 0,40% no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), marcando uma redução menor em comparação com a registrada no mês anterior, de -1,08%.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou uma variação de 0,48% em março, indicando um ritmo de crescimento mais lento em comparação com o aumento de 0,62% observado em fevereiro.

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E o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou uma variação de 0,27%, mostrando um aumento em relação à taxa de 0,10% observada no mês anterior.

IPA responde por 60% do IGP-10

Dentro do IPA, que responde por 60% do IGP-10, analisando os estágios de processamento mais detalhadamente, nota-se que os preços dos Bens Finais tiveram um leve aumento, variando de 0,33% em fevereiro para 0,49% em março.

Esse incremento foi influenciado principalmente pelo subgrupo de alimentos in natura, que viu sua taxa aumentar de 3,90% para 5,56%. Por outro lado, o índice relativo a Bens Finais (ex), com exceção dos subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, apresentou uma queda de 0,10% em março, um decréscimo ligeiramente maior do que o de -0,09% observado no mês precedente.

Em março, houve uma notável mudança no grupo de Bens Intermediários, cuja taxa se recuperou de uma queda de -0,93% em fevereiro para um aumento modesto de 0,07%. Esta virada foi primordialmente impulsionada pela recuperação nos preços do subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção, que viu sua taxa passar de um declínio significativo de -3,36% para um crescimento de 0,61%. Excluindo-se o impacto deste subgrupo, o índice de Bens Intermediários (ex) registrou uma leve queda de 0,02% em março, uma melhora em relação à redução de 0,48% vista no mês anterior.

O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de -2,63% em fevereiro para -1,85% em março. As principais contribuições para a taxa menos negativa do grupo partiram dos seguintes itens: soja em grão (-15,01% para -4,92%), milho em grão (-4,99% para -2,77%) e laranja (9,33% para 15,76%). Em sentido descendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos seguintes itens: minério de ferro (-1,05% para -6,51%), mandioca/aipim (10,45% para -2,41%) e arroz em casca (1,71% para -8,35%). 

IPC: 30% do IGP-10

Entre as oito classes de despesa que compõem o IPC, três tiveram uma desaceleração nas suas taxas de variação. Notavelmente, Educação, Leitura e Recreação reduziram de 1,23% para -1,49%, Alimentação passou de 1,37% para 0,88%, e Despesas Diversas moderaram de 1,80% para 1,38%. Essa tendência foi influenciada principalmente por ajustes nos preços de cursos formais, hortaliças e legumes, e serviços bancários.

Por outro lado, houve avanço nas taxas de variação de vários grupos do Índice de Preços ao Consumidor em março. De forma destacada, Transportes aceleraram de 0,14% para 0,87%, Habitação também viu um crescimento de 0,13% para 0,55%, o segmento de Vestuário reverteu sua tendência anterior, passando de uma queda de -0,20% para um modesto aumento de 0,08%, Saúde e Cuidados Pessoais tiveram um leve acréscimo em sua variação, de 0,41% para 0,47%, enquanto Comunicação subiu de 0,29% para 0,31%.

Dentre os itens que mais contribuíram para estas mudanças, destacam-se: a gasolina, com um expressivo salto de 0,19% para 2,69%, o aluguel residencial, roupas, medicamentos em geral e a mensalidade para TV por assinatura.

INCC: 10% do IGP-10

Em março, analisando os componentes do INCC, observa-se movimentações distintas entre os grupos. Materiais e Equipamentos viram uma recuperação, passando de uma ligeira retração de -0,05% em fevereiro para um crescimento de 0,34% em março. Por outro lado, Serviços apresentaram uma variação quase nula de -0,01% em março, enquanto a Mão de Obra manteve-se praticamente estável, com uma leve diminuição na sua taxa de variação, de 0,23% para 0,21%.

O que é o IGP-10

O IGP-10 é a média aritmética ponderada de três índices de preços: IPA, IPC e INCC, e revela as fontes de pressão inflacionária e a evolução dos preços de produtos e serviços mais relevantes para produtor, consumidor e construção civil.

A composição é feita da seguinte forma:

  • 60% – Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA);
  • 30% – Índice de Preços ao Consumidor (IPC);
  • 10% – Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).

As pesquisas são feitas em sete capitais: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador, e os números do IGP-10 são coletados do dia 11 do mês anterior ao dia 10 do mês atual.

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