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Haddad: faixa de isenção do IR será revista, para se adequar ao aumento do salário mínimo

Haddad: faixa de isenção do IR será revista, para se adequar ao aumento do salário mínimo

No Roda Vida, Haddada afirmou que faixa de isenção do IR será revista, para se adequar ao aumento do salário mínimo.

Durante entrevista ao programa de televisão Roda Viva, da Cultura, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou que a faixa de isenção da tabela do Imposto de Renda (IR) passará por uma revisão ainda este ano, atendendo a uma solicitação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Se realmente aprovada, a nova faixa passará a valer a partir da declaração relativa a 2024, que deverá ser entregue em 2025 – para a declaração deste ano, a tabela do IR já foi divulgada.

A iniciativa visa adequar a faixa de isenção ao novo salário mínimo, considerando as mudanças ocorridas em 2024.


Até o ano passado, pessoas que recebiam até dois salários mínimos estavam isentas de pagar o IR até 2023. Contudo, com o aumento do piso salarial em 2024 e a ausência de ajuste na faixa de isenção, esses contribuintes começaram a ser tributados neste ano.

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Com o aumento de 10,16% do salário mínimo em 2024, de R$ 1.320 para R$ 1.412, a renda das pessoas que recebem duas vezes esse valor passou para R$ 2.824. A tabela de isenção, por outro lado, não foi corrigida com o aumento – continua em R$ 2.112.

Além da revisão na faixa de isenção do IR, o ministro Haddad abordou outros pontos importantes durante a entrevista:

  • Medida Provisória (MP) da reoneração: Haddad informou que o governo tem negociado com o Congresso Nacional os detalhes da MP que reonera a folha de pagamentos de 17 setores intensivos em mão de obra. Ele esclareceu que não há um acordo fechado neste momento.
  • Meta fiscal de 2024: Haddad negou ter discutido com o presidente Lula uma revisão da meta fiscal para 2024 no ano passado. Ele esclareceu que as conversas foram sobre alternativas para viabilizar o déficit zero, sem considerar uma revisão da meta em si.
  • Autonomia do Banco Central (BC): Sobre a escolha do próximo presidente do Banco Central, o ministro afirmou que ainda não há uma decisão e que esse processo deve ocorrer mais para o meio do ano. Ele destacou que o modelo de autonomia do BC brasileiro está sendo desafiador, com o mandato do presidente do Banco Central vencendo em período descasado do mandato presidencial. Mas ele descartou que mudanças nesse modelo estejam previstas no momento.
  • Corte de Gastos: Haddad defendeu que a agenda de corte de gastos, complementar às medidas arrecadatórias, deve começar pelo “andar de cima” e envolver os três Poderes: Executivo, Judiciário e Legislativo. Ele ressaltou a importância de um esforço conjunto para promover a eficiência fiscal.