Mais de 80 bilionários russos que enriqueceram após a queda da União Soviética ajudaram a financiar a invasão da Rússia à Ucrânia, iniciada em março do ano passado. As informações sobre o financiamento aa guerra na Ucrânia foram levantadas por um grupo independente de mídia russo chamado Proekt e publicadas pelo jornal francês Le Figaro.
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Entre esses 81 nomes, apenas 14 enfrentaram algum tipo de sanção entre os países ocidentais. É o caso de Roman Abramovich, dono do grupo de mineração Evraz, que foi obrigado a se desfazer de suas propriedades no Reino Unido, como o Chelsea, um dos mais valiosos clubes de futebol do mundo.
Outros nomes citados são Igor Rotenberg, herdeiro do bilionário Arkadi Rotenberg e acionista da petroleira Gazprom; Gennadi Timtchenko, da empresa de gás Novatek; Yuri Kovaltchouk, do banco Rossia; e Viktor Vekselberg, co-proprietário da Rusal com Oleg Deripaska.
O financiamento não é só em dinheiro: a Rusal, segundo a reportagem, é responsável por fornecer pó de alumínio para Arkan, fornecedora de mísseis, enquanto o fabricante de mísseis. Já a Evraz fornece matérias-primas para produção de tanques e produtos químicos para produzir mísseis e outros explosivos.
Abramovich, que já foi um aliado mais notório do líder russo Vladimir Putin, já se ofereceu para liderar as negociações de paz entre a Ucrânia e a Rússia. Segundo o jornal, as empresas também lucram com esse fornecimento de material, além de contribuir com o recrutamento forçado de soldados para a guerra na Ucrânia – recrutamento que oficialmente é apontado como voluntário.