O governo Javier Milei vai leiloar mais de 400 edifícios do estado em toda a Argentina. A iniciativa, segundo o porta-voz da Presidência, Manuel Adorni, visa arrecadar cerca de US$ 800 milhões (aproximadamente R$ 4,5 bilhões) para reduzir gastos considerados desnecessários pela gestão.
A medida inclui, além do leilão, a venda de outras 800 propriedades, num esforço de enxugamento da máquina estatal. Entre os imóveis destacados para venda está o antigo prédio do Ministério das Mulheres, Gêneros e Diversidade, no bairro de San Telmo, avaliado em US$ 12,5 milhões (R$ 71,2 milhões).
Este ministério foi dissolvido por Milei ao assumir o cargo, transformando-o em uma subsecretaria do Ministério da Justiça, sob a justificativa de corte de despesas.
Governo Javier Milei também vai eliminar “cargos hereditários”
Além do leilão de imóveis, o governo de Milei publicou um decreto que elimina a prática dos chamados “cargos hereditários” no setor público. Essa prática, que permitia a contratação preferencial de familiares diretos de funcionários falecidos, chegou a ser suspensa em 2018 pelo então presidente Mauricio Macri, mas foi restabelecida em 2022 sob o governo de Alberto Fernández. Agora, a norma volta a ser revogada, com Milei declarando sua intenção de pôr fim a privilégios que considera “medievais”.
Federico Sturzenegger, recém-nomeado ministro da Desregulação e Transformação, reforçou o posicionamento do governo sobre a necessidade de reduzir o tamanho do Estado e eliminar benefícios que considera injustos no setor público argentino. Contudo, o governo não informou quantos cargos “hereditários” ainda existiriam atualmente no funcionalismo público.
Cortes de custos de Milei
Desde o começo do governo Milei, o país já fez uma série de cortes e enxugamento de gastos em uma tentativa de tirar o país da aguda crise econômica, que já vive há décadas. Entre elas, estão o fim dos subsídios para preços de energia, suspensão de repasse para províncias, entre outras, anunciadas há quase um ano.
Além disso, o país anunciou, também naquela época, uma desvalorização de 54% no peso argentino, já que o dólar oficial passará a valer 800 pesos argentinos contra aproximadamente 400 pesos argentinos anteriormente.
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