A agência de classificação de risco Fitch não deve elevar a nota de crédito do Brasil no curto prazo, apesar do crescimento econômico acima das expectativas.
Segundo Todd Martinez, co-diretor de riscos soberanos das Américas da Fitch, ainda há dúvidas sobre a capacidade do país em melhorar suas contas públicas. Atualmente, a Fitch classifica o crédito brasileiro como BB, dois níveis abaixo do grau de investimento, com perspectiva estável.
Em entrevista à Reuters, Martinez afirmou que a Fitch precisaria ver mais confiança na geração de superávits primários pelo governo para considerar uma elevação na nota.
O comentário vem após a Moody’s, outra agência de classificação, ter elevado, na terça-feira (1), a nota de crédito do Brasil para Ba1, apenas um nível abaixo do grau de investimento, com perspectiva positiva.
Martinez destacou que, apesar de a economia brasileira estar surpreendendo positivamente — com expectativa de crescimento de 3% do PIB em 2024 —, as contas públicas permanecem um ponto de vulnerabilidade, afetando a confiança e o câmbio.
Ele também elogiou os esforços do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para melhorar a situação fiscal, incluindo mudanças nas regras tributárias e o acordo recente para reverter as isenções da folha de pagamentos.
Contudo, a Fitch ainda prevê que o déficit primário suba para 1% do PIB em 2025, frente aos 0,6% esperados para este ano, antes de recuar para 0,8% em 2026. Com isso, a relação entre a dívida bruta e o PIB, que atualmente é de 77,8%, deve alcançar 83,9% até 2026, segundo as estimativas da agência.
Assim como a Fitch, a Standard & Poor’s mantém o Brasil dois níveis abaixo do grau de investimento, com classificação BB e perspectiva estável.
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