Como viver de renda?
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Economia
Notícias
Fed segue consenso e sobe juros dos EUA para até 5,25% ao ano

Fed segue consenso e sobe juros dos EUA para até 5,25% ao ano

O Fed, banco central norte-americano, decidiu aumentar a taxa de juros dos EUA para o intervalo entre 5% e 5,25% ao ano. A decisão, já esperada pela maioria dos analistas, foi anunciada na tarde desta quarta-feira (3) como resultado da terceira reunião do ano do Fomc, o comitê de política monetária do Fed.

Invista no exterior: procure a EQI Internacional para saber como obter rendimentos em dólar com segurança e tranquilidade

Foi a décima alta de juros seguida pelo Fed desde o ano passado, quando o banco iniciou o processo de aperto monetário para combater a inflação, a mais alta dos últimos 40 anos no país, chegando perto de 10% ao ano.

No anúncio, o Fed informa que a decisão se dá pela combinação da análise de dados divulgados nas últimas semanas. “A atividade econômicase expandiu num ritmo modesto, os reajustes salariais têm sido robustos nos últimos meses, o desemprego permanece baixo e a informação se mantém elevada”, diz o texto.

O PCE, principal índice inflacionário do país usado pelo Fed como referência, ficou em 4,2% ao ano de acordo com os dados de março. O CPI, índice mais usado pelo mercado, registrou taxa de 5% ao ano até março.

Já os dados de empregos permanecem aquecidos, como mostra o saldo de 296 mil vagas em abril somente no setor privado, registrado pela pesquisa ADP divulgada na manhã desta quarta-feira. Já a resiliência da atividade econômica está registrada pela alta de 1,1% no PIB do primeiro trimestre de 2023, anunciada da semana passada, e pelo PMI Composto de 53,4 pontos, também divulgado nesta quarta.

  • Faça agora mesmo sua inscrição da Money Week 100 Dias do Governo e veja como otimizar seus investimentos após as decisões dos primeiros 100 dias do governo e seu possível impacto pelos próximos quatro anos.

Taxa de juros dos EUA: explicações do Fed

Segundo o Fed, o sistema bancário permanece “sólido e resiliente”, a despeito da quebra de três bancos ocorrida neste ano e da recente absorção de um desses bancos, o First Republic Bank, pelo JP Morgan.

Segundo o banco, o aperto das condições de crédito deve afetar a atividade econômica, por isso o Fomc permanece atento aos riscos da inflação e opta por realizar mais um reajuste na taxa de juros com foco em trazer a inflação para o índice próximo a 2% ao ano.

“O Comitê monitorará de perto as informações recebidas e avaliará as implicações para a política monetária. Ao determinar até que ponto o endurecimento adicional da política monetária pode ser apropriado para retornar a inflação a 2% ao longo do tempo, o Comitê levará em conta o aperto cumulativo da política monetária, os atrasos com que a política monetária afeta a atividade econômica e a inflação, e os fatores econômicos e financeiros”, afirma o texto.

O Fed informou ainda que vai reduzir suas participações em títulos do Tesouro e em papéis lastreados em dívidas imobiliárias, e que as próximas decisões do Fomc levarão em conta “uma ampla gama de informações, incluindo leituras sobre as condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação.” A próxima reunião do Fomc será em 13 e 14 de junho.

Tá, e aí?Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset

O economista-chefe da EQI Asset, Stephan Kautz, afirma que a decisão se deu porque os membros do Fomc não viram mudanças no cenário macroeconômico que justificassem o fim do aperto monetário. ”A novidade é que eles apontam as restrições no cenário de crédito, que devem afetar a atividade econômica e a inflação mais à frente”, aponta.

Segundo ele, essa observação do Fed, de reconhecer que o crédito já está apertado, pode ser um sinal de que o ciclo de alta tenha chegado ao fim. “O fato de o texto não dizer que há uma taxa em que precise se chegar a um patamar adequado sugere que esse patamar já chegou, mas sempre com a porta aberta para fazer mais um aumento se acharem preciso”, explica Kautz.

Ele mantém sua projeção de que os juros devem se estabilizar pelo menos até o fim do ano, sem altas, mas também sem queda antes de 2024. “Essa declaração sobre o crédito abre a interpretação de que não haverá mais altas, mas os dados de trabalho mostram que a queda da inflação não será acelerada, o que fecha a porta para eventuais quedas”, conclui.

Ouça o comentário completo abaixo.

  • Depois de ler o que o Fed aumentou novamente a taxa de juros dos EUA, que tal colocar parte de seus investimentos no exterior? Fale com a EQI Internacional e veja como é simples dolarizar uma parte de seu patrimônio.