O PIB dos EUA registrou alta de 1,1%, de acordo com a estimativa avançada divulgada nesta quinta-feira (27) pelo BEA (Birô de Análises Econômicas, na sigla em inglês), O resultado mostra desaceleração em relação ao quarto trimestre de 2022, quando a alta havia sido de 2,6%, na versão final.
- Invista no exterior: procure a EQI Internacional para saber como obter rendimentos em dólar com segurança e tranquilidade.

O aumento do PIB foi puxado por altas nos gastos dos consumidores, especialmente com despesas não-residenciais, nas exportações e nas despesas do setor público nas três esferas: federal, estadual e local. Por outro lado, houve redução no investimento privado e alta das importações, o que provoca redução no índice final do PIB.
No caso dos gastos dos consumidores, houve crescimento tanto na aquisição de bens, com destaque para as despesas de manutenção de veículos e na compra de produtos de propriedade intelectual, como livros e DVDs, quanto de serviços, liderados por alta nos gastos com saúde e lazer (incluindo alimentação fora de casa e hospedagem).
O setor público, por sua vez, registrou alta nos gastos não relacionados à defesa, no caso federal, e nas contratações e benefícios pagos a trabalhadores, nas esferas estadual e local.
- Simulador de dividendos: descubra em segundos quanto você precisa investir para ter a renda passiva dos seus sonhos.
PIB dos EUA: investimento privado tem desaceleração
A redução no investimento privado inclui queda nos gastos das empresas com equipamento pesado e aquisição de matéria prima, além de reduções nos setores de transportes e na área petroquímica.
Nas despesas familiares, houve queda na construção de casas, enquanto as importações registraram forte aumento em bens de consumo e no setor automotivo, tanto de veículos prontos quanto de peças e motores.
Em valores brutos, o PIB cresceu 5,1% em relação ao primeiro trimestre de 2022, chegando a US$ 26,47 trilhões. A renda pessoal dos trabalhadores teve alta de US$ 278,9 bilhões, ou 8%, em valores reais, enquanto a renda disponível subiu US$ 571,2 bilhões, uma alta de 12,5% provocada por aumentos nos salários e queda em impostos.
Já a poupança pessoal teve alta de 4,8%, o equivalente a US$ 946,2 bilhões, aceleração em relação ao trimestre anterior, que registrou alta de 4%.
Os dados do PIB devem complementar as informações sobre inflação e mercado de trabalho que serão usadas pelo Fed, o banco central norte-americano, na decisão sobre as taxas de juros, hoje estipuladas no intervalo entre 4,75% e 5% ao ano. A próxima reunião do Fomc, o comitê de política monetária do Fed, é na semana que vem.
- Faça agora mesmo sua inscrição da Money Week 100 Dias do Governo e veja como otimizar seus investimentos após as decisões dos primeiros 100 dias do governo e seu possível impacto pelos próximos quatro anos.
- Baixe os materiais gratuitos da EQI.
O economista-chefe da EQI Asset, Stephan Kautz, afirma que os números são relativamente positivos porque mostram uma resiliência da atividade econômica nos Estados Unidos, apesar da forte alta dos juros que vem desde o segundo semestre do ano passado.
“O setor de serviços, quando você abre os dados, teve um crescimento de 2,5%, e o número só não foi maior por causa da redução dos estoques. Mas isso é um dado bom, já que menos estoques significam mais produção para os próximos meses e trimestres”, aponta o analista.
Ele destaca, no entanto, que houve uma revisão para baixo de alguns dados anunciados anteriormente, e alerta que o cenário não deve ser tão positivo nos próximos meses, ?A gente enxerga alguns sinais de que esse cenário não deve ser manter para a frente, com algum risco de desaceleração da atividade”, explica Kautz.
Ouça o comentário completo abaixo.
Quer investir com inteligência e segurança, entendendo o impacto dos dados do PIB dos EUA na economia e no mercado de capitais no Brasil? Preencha este formulário e um assessor da EQI Investimentos vai entrar em contato para tirar suas dúvidas.