O PCE dos EUA em março desacelerou e ficou em 0,1%, abaixo da média das projeções do mercado que estimavam um índice de até 0,3%. Sigla em inglês para a expressão “despesas de consumo pessoal”, o PCE é o principal índice de inflação usado pelo Fed, o banco central norte-americano, nas decisões sobre política monetária.
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De acordo com os dados divulgados pelo BEA (Birô de Análises Econômicas, na sigla em inglês), o índice acumulado dos últimos 12 meses está em 4,2%. A queda em relação a fevereiro, quando o índice foi de 0,3%, veio da deflação nos setores de alimentação (que caiu 0,2%) e energia (queda de 3,7%).
O chamado núcleo da inflação, ou seja,sem os preços de energia e alimentação, considerados mais voláteis, ficou em 0,3%, com 4,6% no acumulado dos últimos 12 meses. É a primeira vez nos últimos meses que o núcleo do PCE está mais alto que o índice cheio no acumulado de 12 meses.

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O mundo de olho na reunião do Fomc
Os dados do PCE se juntam à desaceleração do PIB norte-americano, divulgado na quinta-feira, com crescimento de 1,1% ante 2,6% no quarto trimestre de 2022, nas expectativas do mercado sobre a próxima reunião do Fomc, o comitê de política monetária do Fed, na semana que vem, terça e quarta-feira.
Os juros estão em alta desde o segundo semestre do ano passado e na reunião de março tiveram nova elevação em 25 póntos-base, para o intervalo entre 4,75% e 5% ao ano.
Analistas apontam que o risco de recessão, trazido pelos últimos números e pontuado no último Livro Bege, deve provocar o fim do ciclo de alta já na reunião da semana que vem, embora dirigentes do Fed tenham feito diversas declarações sobre manter o aperto monetário até que a inflação ao menos se aproxime da meta de 2% ao ano.
O ciclo de alta de juros nos EUA parece estar se aproximando do fim, mas Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset, ainda projeta mais uma elevação de juros na próxima reunião do Fomc, no começo da semana que vem.
Isso porque o encontro será antes da divulgação de outros dados relevantes, como o payroll, que avalia o andamento do mercado de trabalho no país, que deve sair só na próxima sexta-feira (5), com os dados de abril,/ ‘O ciclo de alta parece perto do fim, mas ainda deve ter mais uma elevação nessa próxima reunião”, aponta o analista.
Segundo ele, o PCE trouxe alguns números positivos, não apenas pela forte redução no preço da energia, mas também no núcleo, como na manutenção doméstica. “São dados que mostram uma desaceleração da inflação, mas é preciso esperar ainda alguns meses para ter certeza de que é uma redução sólida e não apenas algo sazonal”, explica Kautz.
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