O JP Morgan assumiu o controle do First Republic, um dos bancos que abriram processo de falência em março numa crise de liquidez e provocaram um temor de nova crise no setor bancário internacional.
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Um dos maiores bancos dos EUA, com valor de mercado estimado em mais de US$ 130 bilhões e mais de US$ 3.6 trilhões em ativos sob gestão, o JP Morgan vai absorver todos os depósitos do First Republic e uma “maioria substancial dos ativos” depois de vencer um leilão organizado pelas autoridades de regulação dos EUA.
Especializado no segmento premium, o First Republic foi fundado em 1995, na Califórnia, e era avaliado em cerca de US$ 5 bilhões no ano passado, com cerca de US$ 180 bilhões sob gestão em 2022 – deste valor, cerca de US$ 100 bilhões foram sacados nos primeiros meses do ano, revelou o banco em relatório na semana passada.
Em março, na esteira da crise aberta pela falência do Silicon Valley Bank e do Signature Bank, o banco admitiu não ter como honrar seus depósitos e, depois de realizar uma série de empréstimos junto ao Fed, recebeu uma injeção de US$ 30 bilhões de um grupo de instituições financeiras, entre elas o próprio JP Morgan, para solução das pendências de curto prazo;
Na época, casas de análise alertaram que o valor não seria suficiente para que o banco pudesse voltar a operar normalmente, e foi o que aconteceu. As ações, negociadas na Bolsa de Nova York com o ticker FRC, foram derretendo até chegar a US$ 3,51 na sexta-feira passada, quando deixaram de ser negociadas e o banco foi formalmente liquidado pelas instituições de gestão do sistema financeiro dos EUA.

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JP Morgan assumiu o controle do First Republic: valores da transação
De acordo com a CNBC, o JP Morgan vai assumir cerca de US$ 92 bilhões em depósitos, valor que inclui os US$ 30 bilhões injetados em março, assim como US$ 173 bilhões em empréstimos e US$ 30 bilhões em títulos.
A FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation, entidade equivalente ao Fundo Garantidor de Créditos no Brasil) aceitou absorver a maior parte das perdas em hipotecas e empréstimos comerciais e vai abrir uma linha de crédito de US$ 50 bilhões.
O JP Morgan informou que as agências vão continuar funcionando com a marca First Republic no curto prazo, mas a meta é fundir as operações no médio prazo. O banco disse ainda que pagaria US$ 10,6 bilhões ao FDIC pela transação, além de absorver custos de integração estimados em US$ 2 bilhões nos próximos meses.
O FIDC informou que o custo da operação com o First Republic estava estimado em cerca de US$ 13 bilhões, menos do que os US$ 20 bilhões investidos no caso do Silicon Valley Bank.
Os investidores parecem ver o negócio com ressalvas: as ações do JP Morgan operam em leve queda nesta terça-feira, a US$ 24,75.

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