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Exportações de carne dos EUA para a China estão em risco: entenda o porquê

Exportações de carne dos EUA para a China estão em risco: entenda o porquê

Os registros de exportação de mais de 1 mil frigoríficos dos Estados Unidos, concedidos pela China no âmbito do acordo comercial “Fase 1” de 2020, expiraram no domingo (16), segundo informações divulgadas no site da alfândega chinesa. A expiração ameaça as exportações de carne dos EUA para o maior comprador mundial do setor, em meio a um impasse tarifário que já dura meses.

O status de registro de fábricas de carne suína, bovina e de aves dos EUA, incluindo unidades de grandes produtores como Tyson Foods, Smithfield Packaged Meats e Cargill Meat Solutions, foi alterado de “ativo” para “expirado”, conforme dados da Administração Geral de Alfândega da China. A Reuters havia alertado na sexta-feira (14) que esses registros corriam o risco de caducar.

A expiração de cerca de dois terços do total de instalações registradas pode restringir o acesso ao mercado chinês e levar a perdas estimadas em US$ 5 bilhões para os exportadores norte-americanos. O cenário aumenta os desafios enfrentados pelos agricultores dos EUA, que já lidam com tarifas retaliatórias impostas pela China sobre cerca de US$ 21 bilhões em produtos agrícolas norte-americanos neste mês.

Exportações de carne: registros de 84 fábricas já expiraram

Em fevereiro, registros de aproximadamente 84 fábricas dos EUA já haviam expirado. Embora as remessas dessas unidades continuem a ser liberadas pela alfândega chinesa, não há garantias de que essa situação se mantenha.

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A China exige que os exportadores de alimentos se registrem na alfândega para vender no país, mas o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) afirma que Pequim não respondeu a pedidos de renovação dos registros, o que pode violar o acordo comercial da Fase 1.

Pelo acordo, a China é obrigada a atualizar a lista de plantas aprovadas dentro de 20 dias após receber atualizações do USDA. No entanto, o departamento alfandegário chinês não respondeu às solicitações de esclarecimento enviadas pela Reuters.

Em 2024, os EUA foram o terceiro maior fornecedor de carne da China em volume, atrás do Brasil e da Argentina, respondendo por 590 mil toneladas, ou 9% do total de importações de carne do país asiático. No ano passado, os embarques de carne dos EUA para a China atingiram US$ 2,5 bilhões, colocando os norte-americanos como o segundo maior exportador em valor.

A perda de acesso ao mercado chinês seria especialmente prejudicial para os exportadores de partes menos consumidas nos EUA, como pés de frango e miúdos de porco, que têm alta demanda na China. Shane Smith, CEO da Smithfield Foods, destacou na semana passada que as tarifas retaliatórias dificultaram a venda de todas as partes do porco no mercado externo.

 A Smithfield, maior processadora de carne suína dos EUA, não exporta quantidades significativas de carne para a China, mas envia produtos como estômagos, corações e cabeças de porco.

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