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EUA: presidente do Fed reitera alta mais forte de juros a partir de maio

EUA: presidente do Fed reitera alta mais forte de juros a partir de maio

O presidente do Federal Reserve (o Fed, banco central americano), Jerome Powell, voltou a falar publicamente que o ritmo de alta dos juros nos Estados Unidos vai acelerar a partir de maio, a fim de combater a inflação persistente no país.

Em evento do Fundo Monetário Internacional (FMI), nesta quinta-feira (21), Powell disse que no atual momento “é apropriado um movimento mais rápido” e reiterou que em maio a taxa deve subir meio ponto percentual, de 0,5% ao ano para 1%. Em março, o Fomc, órgão de política monetária do Fed, aumentou a taxa em 0,25 ponto.

Previsões de analistas, nos EUA e no Brasil, apontam que a taxa de juros nos EUA pode fechar 2022 entre 2,5% e 3% ao ano.

Inflação dos EUA ainda sob pressão

A inflação acumulada nos EUA nos últimos 12 meses chegou a 8,5% no começo deste mês, o maior índice desde 1981. Powell, no entanto, acredita que o pico ainda pode não ter chegado, e reiterou que o trabalho do Fed será realizar esse controle para uma redução até o fim deste ano.

Ele disse ainda que o banco central não tem como controlar a pressão da alta de preços do ponto de vista da oferta, ainda mais porque a economia do país segue em aquecimento, conforme dados do Livro Bege do Fed, apresentados na última quarta-feira (20).

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Os empregos também seguem estáveis. Nesta quinta-feira (21), o Department of Labour anunciou que houve 184 mil pedidos de seguro-desemprego na semana até 16 de abril, 2 mil a menos que o número de benefícios solicitados na semana anterior.

Impacto sobre o Brasil

As decisões de aperto monetário pelo Fed costumam impactar toda a cadeia do mercado financeiro mundo afora, uma vez que juros mais altos valorizam as Treasuries, os títulos do tesouro norte-americano, que atraem investidores pelo risco baixo de calote. Com isso, o fluxo de investimentos em mercados emergentes, como o Brasil, tende a se reduzir.

Nos primeiros meses do ano, o Brasil experimentou uma forte aceleração na entrada de capitais, tendência que apresentou sinais de reversão no início de abril. O Copom deve se reunir em maio para promover nova alta de 1 ponto percentual na Selic, para 12,75% ao ano.

Originalmente, esse seria o último aumento a fim de combater a inflação no país. Mas autoridades já admitem que a decisão pode ser revista se o cenário de pressão inflacionária se mantiver.

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