Os dados do payroll de abril registram uma retomada da aceleração no mercado de trabalho nos EUA, com saldo positivo de 253 mil vagas, ante 165 mil no número revisado de março. Os números, acima do consenso médio do mercado, cuja projeção era um saldo de 185 mil vagas, foram divulgados nesta sexta-feira (5) pelo Bureau of Labor Statistics.

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O número ainda é inferior à média móvel dos últimos seis meses, de 290 mil empregos gerados por mês, de acordo com dados ajustados, e foi puxado especialmente pelo setor de serviços, com saldo positivo de 197 mil vagas. A indústria ficou responsável por 33 mil, e o setor público, por 23 mil contratações.
Segundo p payroll, a taxa de desemprego nos EUA caiu de forma marginal, de 3,5% para 3,4%, e o número de pessoas sem ocupação é de 5,7 milhões. Cerca de 307 mil são pessoas que perderam o trabalho em abril ou que encerraram contratos de duração determinada.
O número de pessoas sem trabalho há menos de cinco semanas teve forte queda, para 1,9 milhões, enquanto pouco mais de 1,2 milhões estão no grupo de pessoas sem trabalho há pelo menos 27 semanas.
Cerca de 3,9 milhões são trabalhadores em regime parcial que preferiam um emprego em tempo integral, mas tiveram o número de horas cortadas pelos empregadores. O número de pessoas desalentadas, ou seja, que deixaram de procurar trabalho há pelo menos 4 semanas, subiu para cerca de 5,3 milhões.
A renda média do trabalhador norte-americano no setor privado teve leve alta, de 0,5%, para US$ 33,36 por hora. O número de horas trabalhadas permaneceu estável, em 34,4 horas por semana.
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Payroll de abril: dados confirmam fortalecimento do mercado
Os números confirmam o fortalecimento que havia sido antecipado pela pesquisa ADP de abril, com saldo de 296 mil vagas apenas no setor privado – embora usem metodologias diferentes, os dois números são usados em conjunto para analisar tendências do mercado de trabalho.
Os números devem ser levados em conta pelo Fed, o banco central norte-americano, em suas próximas decisões sobre a taxa de juros. Nesta semana, o Fomc, comitê de política monetária do banco, aumentou a taxa para o intervalo entre 5% e 5,25% ao ano.
Foi a décima alta consecutiva desde o ano passado, e o comunicado do comitê reiterou que os índices não devem baixar enquanto a inflação, hoje entre 5% e 6% nos dados anualizados, não recuar para perto da meta de 2% ao ano.
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