Autoridades dos Estados Unidos e da Rússia encerraram sua primeira reunião formal em anos nesta terça-feira (18), em Riad, após mais de quatro horas de negociações sobre o fim da guerra na Ucrânia. Esta foi a primeira conversa direta entre altos diplomatas dos dois países desde janeiro de 2022. O encontro ocorreu sem a participação da Ucrânia, levantando críticas de Kiev e inquietação entre líderes europeus.
Participaram da reunião o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, o conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz, e o enviado especial, Steve Witkoff. Pela Rússia, estiveram presentes o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, e o assessor do Kremlin, Yuri Ushakov.
Segundo Ushakov, equipes de negociadores russos e americanos deverão estabelecer novos contatos em breve. O encontro foi acompanhado pela mídia, mas sem respostas às perguntas dos jornalistas.
Mike Waltz declarou que os EUA buscam um fim permanente para a guerra e que “apenas Trump pode acabar com o conflito”. Marco Rubio ressaltou a importância de concessões mútuas e da inclusão da União Europeia nas futuras negociações. A porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, afirmou que a reunião marcou um primeiro passo, mas destacou que é necessária ação contínua para uma paz duradoura.
Enquanto isso, o Kremlin reiterou que qualquer acordo deve considerar a situação da legitimidade de Volodymyr Zelenskiy, questionada devido à lei marcial que impede novas eleições. O chefe do fundo soberano russo, Kirill Dmitriev, destacou os impactos econômicos da guerra, afirmando que empresas americanas perderam cerca de US$ 300 bilhões ao deixar a Rússia.
Sem Ucrânia e Europa para o Fim da Guerra
A exclusão da Ucrânia e da Europa das discussões gerou reações imediatas. Líderes europeus, reunidos em Paris, debateram o envio de tropas de paz, com divergências entre países como Reino Unido, Alemanha e França.
O presidente francês, Emmanuel Macron, insistiu que qualquer acordo deve incluir garantias de segurança para a Ucrânia, afirmando que um cessar-fogo sem essas garantias poderia repetir os erros dos acordos de Minsk.
“Buscamos uma paz forte e duradoura na Ucrânia. Para conseguir isso, a Rússia deve encerrar sua agressão, e isso deve ser acompanhado por garantias de segurança fortes e confiáveis para os ucranianos”, afirmou Macron que essa é “a chave” em sua rede social X.
A reunião em Riad expôs tanto avanços quanto impasses, enquanto o mundo observa o próximo movimento em direção ao possível fim do conflito.
Você leu sobre Fim da Guerra. Para investir melhor, consulte os e-books, ferramentas e simuladores gratuitos do EuQueroInvestir! Aproveite e siga nosso canal no Whatsapp!