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EUA atacam Irã: possível fechamento do Estreito de Ormuz pode disparar preço do petróleo

EUA atacam Irã: possível fechamento do Estreito de Ormuz pode disparar preço do petróleo

Na noite de sábado (21), os Estados Unidos lançaram um ataque aéreo coordenado contra três das principais instalações nucleares do Irã — Fordow, Natanz e Isfahan. Utilizando bombardeiros B-2 e munição do tipo “bunker buster”, os EUA destruíram parcialmente as estruturas subterrâneas, marcando uma escalada significativa na tensão entre os dois países. A operação, considerada uma das mais ousadas desde a Guerra do Golfo, colocou oficialmente Washington no centro do conflito já em curso entre Israel e a República Islâmica. Na sexta-feira (20), Donald Trump, presidente americano, havia dito que aguardaria duas semanas para decidir sua entrada no conflito.

O bombardeio foi justificado pelo governo americano como um ato de “autodefesa preventiva” para desmantelar a capacidade nuclear do Irã, após semanas de escalada regional e declarações hostis vindas de Teerã. Segundo informações da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), não houve vazamento de radiação, embora imagens de satélite indiquem movimentações suspeitas em Fordow nos dias anteriores ao ataque.

EUA x Irã: ‘Os ataques foram espetaculares’, diz Trump

Pouco após a ofensiva, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um pronunciamento direto à população americana e ao mundo. Em tom triunfal, descreveu a operação como um “grande sucesso” e declarou que “quebrou as pernas” do regime iraniano.

“Os Estados Unidos fizeram um ataque de alta precisão contra as três principais instalações nucleares do Irã: Fordow, Natanz e Isfahan”, afirmou Trump. “Os ataques foram espetaculares (…). Ou haverá paz, ou haverá tragédia para o Irã.”

Trump afirmou que a ação visou “eliminar a ameaça nuclear e do terror” e celebrou a cooperação com Israel, em especial com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, a quem agradeceu nominalmente.

“Quero dar os parabéns ao primeiro-ministro Netanyahu por esse trabalho conjunto (…) e principalmente quero parabenizar os patriotas americanos que voaram com essas armas”, disse.

No discurso, Trump também criticou o histórico iraniano de hostilidade contra os EUA e Israel e enviou um aviso: “Se a paz não vier rápido, nós vamos continuar atacando com precisão e habilidade.”

Aiatolá promete retaliação: ‘Qualquer americano é agora um alvo’

Horas após o ataque, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, foi transferido para um local seguro diante do temor de novas operações secretas dos EUA ou de Israel. O governo iraniano condenou os bombardeios como uma “violação grave do direito internacional” e prometeu uma retaliação “com toda a força”.

Em pronunciamento feito neste domingo (22), o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, declarou que “qualquer americano no Oriente Médio” passou a ser considerado um alvo legítimo.

O governo iraniano ainda cogita o fechamento do Estreito de Ormuz — rota por onde passa cerca de 20% do petróleo mundial — como uma das medidas de resposta. O fechamento do estreito poderia levar o preço do petróleo a US$ 120 o barril, dos atuais US$ 70, como avaliam especialistas, impactando a inflação global.

“O Irã está sob ataque, sob agressão, e temos o direito legítimo à autodefesa”, disse Araghchi, que viajará a Moscou para se reunir com o presidente russo Vladimir Putin. “Trump traiu o Irã e enganou seus próprios eleitores”, completou.

Na televisão estatal iraniana, o tom foi de indignação e ameaça. Um comentarista afirmou que o país “não descansará enquanto não responder proporcionalmente”. Logo após o bombardeio, o Irã lançou uma série de mísseis contra Israel, ferindo ao menos 11 pessoas.