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Israel faz ataque contra Irã: entenda a nova frente de conflito

Israel faz ataque contra Irã: entenda a nova frente de conflito

Na madrugada desta sexta-feira (13), Israel realizou um ataque aéreo contra o Irã, dando início a um novo e perigoso capítulo em uma disputa que já dura décadas. As explosões ecoaram na capital iraniana, Teerã, e foram confirmadas por meios de comunicação locais. O governo israelense informou que caças foram enviados em uma ação direta, intensificando o conflito aberto entre os dois países.

A operação acontece após semanas de especulação sobre uma ofensiva israelense. A tensão atingiu um novo patamar depois que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) censurou o Irã por violar suas obrigações no acordo de não proliferação nuclear.

Medidas de segurança e alerta internacional

Logo após o ataque, Israel anunciou o fechamento de todas as suas embaixadas ao redor do mundo e a suspensão dos serviços consulares. Em comunicados oficiais, as missões diplomáticas israelenses orientaram seus cidadãos a evitar exibir símbolos judaicos ou israelenses em espaços públicos e pediram cooperação com os serviços de segurança locais em caso de qualquer atividade hostil.

O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou que uma “situação especial” foi instaurada no país, incluindo o fechamento de escolas e medidas preventivas para possíveis retaliações iranianas.

Conflito antigo, estratégias novas

A ofensiva israelense não foi um movimento isolado. Trata-se do desdobramento de uma longa guerra de bastidores entre os dois países. Israel há muito considera o programa nuclear iraniano uma ameaça existencial. O Irã, por sua vez, financia milícias hostis a Israel como o Hezbollah e grupos armados no Iraque, no Líbano e no Iêmen.

Essa guerra silenciosa ganhou nova força após o ataque do Hamas a Israel em outubro de 2023. Desde então, o conflito se espalhou, conectando múltiplas frentes no Oriente Médio e reforçando a ameaça de uma escalada regional.

O dilema diplomático dos EUA

O ataque ocorre em meio a esforços diplomáticos liderados pelos Estados Unidos, que tentam negociar um novo acordo nuclear com o Irã. O presidente Donald Trump havia advertido Netanyahu contra qualquer ofensiva enquanto as negociações estavam em curso. “Acho que isso arruinaria tudo”, disse Trump, mas também admitiu que “pode ajudar, na verdade, mas também pode arruinar tudo”.

A tentativa de retomar o acordo nuclear de 2015 fracassou, e a posição iraniana tem se endurecido. Segundo a AIEA, o Irã quase dobrou seu estoque de urânio enriquecido em apenas três meses, chegando a níveis próximos ao necessário para construir uma bomba nuclear.

O que vem a seguir?

O bombardeio atingiu alvos estratégicos, como a usina nuclear de Natanz, que é considerada o forte do programa de enriquecimento de urânio iraniano, e um aeroporto militar em Tabriz. Entre nomes importantes que morreram no ataque estão as peças-chave da cúpula militar iraniana: Hossein Salami, chefe da Guarda Revolucionária, e Mohammad Bagheri, chefe das Forças Armadas, além de dois cientistas nucleares.

O movimento de Israel marca uma mudança de tática: de ações encobertas para ataques militares abertos. Diante disso, o risco de uma resposta direta do Irã é real e pode envolver uma nova onda de mísseis ou ações coordenadas por aliados regionais.

Para Israel, atacar agora é aproveitar uma janela de vulnerabilidade percebida no Irã. Para o mundo, o momento é de alerta máximo, a guerra no Oriente Médio pode ter entrado em uma nova fase, mais arriscada e menos previsível.