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Emergentes no foco de Wall Street

Emergentes no foco de Wall Street

Os mercados emergentes, termo que designa os países ainda em desenvolvimento, estão no foco dos investidores de Wall Street.

Na prática, eles pretendem aumentar as apostas em ações desses países, do qual o Brasil faz parte, como forma de pulverizar suas ações e, assim, buscar alguma proteção em razão de uma possível recessão nos Estados Unidos (EUA).

Isso porque crise bancária, inflação elevada e ameaça de calote por parte do governo norte-americano deixam o cenário na terra do Tio Sam um pouco conturbado.

A informação é proveniente da última pesquisa Markets Live Pulse, da Bloomberg, para quem 61% dos 234 gestores de investimentos, analistas e traders entrevistados disseram que esperam aumentar a exposição em ativos em países em desenvolvimento nos próximos doze meses.

Os entrevistados disseram, ainda, que os emergentes, neste momento, estão mais propensos a oferecer proteção caso o esforço do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) conduza o país a uma recessão.

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Acontece que a autoridade monetária tem elevado a taxa básica de juros do país para, assim, tentar conter a inflação que por lá está, atualmente, em 5%, mas já esteve em 9%.

Imagem mostra uma esteira de produção em uma fábrica.

Emergentes no foco

Gestor do Invesco Developing Fund, Justin Leverenz disse à Bloomberg que a economia dos países emergentes são muito mais resilientes hoje do que eram há 30 anos, e os bancos centrais dos mercados emergentes têm sido muito mais responsáveis em lidar com o aumento da inflação do que o mundo desenvolvido.

A agência elencou, na reportagem, que o Invesco é um dos principais fundos de ações de países emergentes com melhor desempenho do mundo neste ano. Para Leverenz, há um valor significativo em todo o cenário dos mercados emergentes.

Mais bem posicionados

Para Malcolm Dorson, gestor da Global X Management em Nova York, os mercados emergentes estão mais bem posicionados do que as principais economias após a pandemia.

Segundo ele, isso está ajudando certos países em desenvolvimento a evitar o mesmo tipo de política e a ressaca que ameaça os EUA e a Europa após os estímulos adotados durante a pandemia.

Força dos emergentes

Uma das principais forças dos mercados emergentes está no fato de que empresas de países do primeiro mundo em algum momento terceirizaram sua produção, redirecionando parte de suas atividades para os países em desenvolvimento.

Esta é uma das razões pelas quais os emergentes estão ganhando cada vez mais importância no cenário global.

Outro ponto de atenção diz respeito ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que já está acima daqueles considerados subdesenvolvidos, mas abaixo dos países ricos.

Entretanto, por conta de em sua maioria serem mais populosos, os países em desenvolvimento possuem um potencial de crescimento superior a um país desenvolvido.

Vale destacar, ainda, que a principal característica dos países emergentes é que todos eles passaram por um grande processo de industrialização nos últimos anos, e por isso, atraíram para o seu território diversas empresas multinacionais.

E esse processo de industrialização ainda está acontecendo.