As eleições na Argentina estão a todo vapor: a candidata derrotada no primeiro turno, a empresária Patricia Bullrich, anunciou nesta quarta-feira (25) que irá apoiar Javier Milei no segundo turno das eleições do país na disputa contra Sergio Massa, governista.
O posicionamento de Bullrich surpreende por conta de sua aproximação de uma oposição mais moderada, ligada ao ex-presidente Mauricio Macri. Ela havia ficado em terceiro lugar no pleito do último domingo (22), com 23,8% dos votos. De acordo com o jornal La Nación, o apoio de Bullrich foi decidido após reunião dela com Macri.
“Nós nos perdoamos. Ser neutro é ser favorável ao kirchnerismo”, disse ela, de acordo com a publicação, referindo-se sobre o porquê não ter ficado neutra nessa fase das eleições. “A urgência do momento desafia-nos a não ser neutros. Ratificamos os valores da mudança e da liberdade”, completou ela, de acordo com a publicação.
Eleições na Argentina: ex-candidata critica vice-presidente
Durante a entrevista coletiva na qual justificou seu apoio, Bullrich disse que optar pela neurtalidade significaria manter “Cristina Kirchner (vice-presidente do país e ex-presidente) impune”. Ela acrescentou que a corrente políltica liderada pela vice-presidente governo o país há 20 anos e que durante esse tempo a situação econômica do país só se aprofundou.
Sergio Massa, o candidato da coalizão governista e atual ministro da Economia da Argentina, surpreendeu ao liderar o primeiro turno da eleição na Argentina, superando as expectativas.
Massa avançará para o segundo turno da disputa presidencial, agendado para 19 de novembro, enfrentando Javier Milei, um candidato populista que se autodefine como libertário.
As eleições na Argentina são uma pauta importante para o governo brasileiro, principalmente se Milei for eleito. Isso porque o candidato da ultradireita prometeu retirar o país do Mercosul e disse ainda que não pretende negociar com “o comunista Lula”, em referência ao presidente brasileiro.
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