A popularidade do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingiu o pior patamar desde a posse no dia 1º de janeiro de 2023. Segundo a pesquisa do PoderData, a taxa de desaprovação do governo petista foi puxada pela região Nordeste, tradicional reduto eleitoral do presidente Lula.
A desaprovação ao governo na região subiu de 35% para 43% desde o início do mandato, um aumento de oito pontos percentuais. No mesmo período, a aprovação caiu de 55% para 51%, reduzindo significativamente a vantagem de Lula entre os nordestinos — de 20 para apenas 8 pontos percentuais.
Entre toda a população brasileira, o PoderData estima que 51% dos eleitores desaprovam a gestão do governo Lula III, enquanto 42% a aprovam.
Essa é a terceira vez que a taxa de desaprovação do presidente supera a de aprovação, mas, desta vez, a diferença de nove pontos percentuais está fora da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Até parte dos eleitores de Lula estão insatisfeitos com a sua gestão
Além da perda de apoio no Nordeste, um dado preocupante para o governo é o aumento da insatisfação entre os próprios eleitores de Lula no segundo turno de 2022.
De acordo com a pesquisa, 23% dos lulistas agora desaprovam o governo, um salto em relação aos 10% registrados em janeiro de 2023. Ao mesmo tempo, a aprovação dentro desse grupo caiu de 87% para 73%.
Essa tendência indica um desgaste na base eleitoral do presidente, impulsionado pela frustração com os rumos da economia e a falta de soluções rápidas para problemas como o custo de vida.
Mesmo com a maioria dos lulistas ainda aprovando a gestão, a queda de 14 pontos percentuais no apoio acende um alerta para o Planalto, que precisará reconquistar essa parcela do eleitorado para chegar competitivo em 2026.
O levantamento do PoderData foi realizado entre os dias 25 e 27 de janeiro e ouviu 2.500 eleitores em 219 municípios, abrangendo todas as 27 unidades da Federação. As entrevistas foram feitas por telefone, tanto para celulares quanto para linhas fixas. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95%.
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