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Demanda por petróleo deve superar oferta este ano, diz IEA

Demanda por petróleo deve superar oferta este ano, diz IEA

As empresas petrolíferas listadas no Ibovespa apresentaram uma forte alta no pregão da última terça-feira (18). O resultado foi influenciado após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) divulgar o relatório mensal destacando que a demanda pelo petróleo deve crescer em 2023.

A tendência de alta pode continuar. Nesta quarta (18), a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) aponta que a demanda por petróleo deve superar a oferta, principalmente a partir do segundo semestre. 

O relatório mensal da IEA informa que a demanda por petróleo aumentará em 1,9 milhão de barris por dia (bpd) em 2023 para 101,7 milhões bpd. A previsão atual supera a anterior, que esperava um aumento de 1,7 milhão de bpd.

Pelo lado da oferta, a IEA indica que a produção deve superar a demanda em quase 1 milhão bpd no 1TRI23, com variação marginal no 2TRI23, antes de acontecer uma virada. Nos dois últimos trimestres do ano, a demanda deve superar a oferta em 1,6 milhão de bpd e 2,4 milhões de bpd, respectivamente. 

Em 2023, o crescimento da oferta de petróleo deve recuar para 1 milhão de bpd, após o crescimento de 4,7 milhões de barris liderado pela Opep+ no ano passado. Um aumento geral fora da OPEP+ de 1,9 mb/d será enfraquecido por um recuo da Opep+ de 870 mil de bpd  por conta dos declínios esperados na Rússia.

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Segundo o relatório, os países que devem se destacar com o aumento da oferta de petróleo são os Estados Unidos, Canadá, Brasil e Guiana, que devem atingir o recorde anual pelo segundo ano consecutivo. 

Por que a demanda por petróleo deve aumentar em 2023?

A IEA explica que dois países devem ser responsáveis pelo aumento da demanda por petróleo em 2023: China e Rússia. Com a reabertura da economia chinesa, após o fim das restrições das medidas sanitárias contra a covid-19, a busca pela commodity deve avançar com força. Haja vista que o país asiático deve gerar quase metade do crescimento da demanda global por petróleo. 

Já os russos ainda devem sofrer com o impacto das sanções ocidentais ao país por conta da invasão à Ucrânia. Vale ressaltar que a Rússia é o terceiro maior produtor de petróleo do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e Arábia Saudita. Com o corte da oferta russa, a disponibilidade por petróleo deve diminuir, embora o país do leste europeu tenha o apoio de duas gigantes: China e Índia.

“A produção de petróleo da Rússia foi prejudicada em apenas 200.000 barris por dia (bpd) em dezembro, depois que a União Europeia proibiu importações de petróleo bruto transoceânico russo, e uma coalizão de países impôs um teto de preço ao petróleo”, cita o relatório da IEA.

  • Quer saber como o aumento da demanda do petróleo afeta os seus investimentos? Preencha este formulário para um assessor da EQI Investimentos entrar em contato.