O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) caiu 0,03% em outubro, após ter subido 0,36% em setembro, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado reflete uma tendência de desaceleração dos preços, com o índice acumulando queda de 1,31% no ano e alta moderada de 0,73% em 12 meses.
Em comparação com outubro de 2023, o contraste é expressivo: há um ano, o índice subia 1,54% e acumulava 5,91% de alta em 12 meses.
De acordo com o economista Matheus Dias, do FGV IBRE, a deflação foi puxada principalmente pelo comportamento dos preços no atacado e no varejo.
“A redução do IGP-DI em outubro é resultado da queda nos preços de produtos agropecuários importantes, como café, trigo, soja e leite in natura. No lado do consumo, passagens aéreas e tarifas de energia elétrica também contribuíram para a desaceleração”, avaliou.
Desempenho dos componentes do IGP-DI de outubro
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) foi o principal responsável pelo resultado geral do IGP-DI outubro, com recuo de 0,13%, revertendo a alta de 0,30% de setembro. A queda foi influenciada, sobretudo, pelo grupo de Matérias-Primas Brutas, que passou de alta de 0,80% para retração de 0,58%.
PublicidadePublicidadeNo consumo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) mostrou forte desaceleração: subiu apenas 0,14%, ante 0,65% no mês anterior. Os grupos Habitação (de +2,13% para -0,23%) e Educação, Leitura e Recreação (de +2,00% para -0,43%) lideraram as quedas. Já Saúde e Cuidados Pessoais e Vestuário apresentaram avanço nas taxas.
Em sentido oposto, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) acelerou de 0,17% para 0,30%. O grupo Materiais e Equipamentos foi o principal destaque, passando de 0,18% para 0,39%, o que indica a continuidade da pressão de custos na construção civil.
O IGP-DI, calculado pela FGV, mede as variações de preços ao produtor, ao consumidor e na construção civil entre o primeiro e o último dia do mês de referência.





