A projeção do déficit orçamentário do governo passou de R$ 141,4 bilhões para R$ 177,4 bilhões para este ano, segundo informou nesta quarta-feira (22) o Ministério do Planejamento. O dado consta no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 5º bimestre que mostrou ainda um novo contingenciamento nas despesas discricionárias no orçamento do ano.
De acordo com o documento, o aumento da estimativa do déficit ocorre por conta da elevação de despesas e queda de receita do governo. Em setembro, a pasta previa uma déficit de R$ 141,4 bilhões, sendo que a meta de resultado primário é algo em torno de R$ 213 bilhões negativos no fim de 2023.
Enquanto isso, a estimativa para as receitas primárias totais da União neste ano passou de R$ 2,373 trilhões para R$ 2,360 trilhões, ao passo que a estimativa para a receita líquida caiu de R$ 1,914 trilhão para R$ 1,900 trilhão neste ano, no fim de 2023. Com relação às despesas primárias, a previsão de gasto total passou de R$ 2,056 trilhões para R$ 2,077 trilhões.
Contingenciamento de despesas discricionárias
O Planejamento informou ainda que houve ainda um novo contingenciamento de despesas discricionárias, de R$ 1,1 bilhão. Diante disso, o total de recursos contingenciados somente neste ano sobe de R$ 3,8 bilhões para R$ 5,0 bilhões, equivalendo a aproximadamente 2,54% das despesas do Executivo em 2023.
Em setembro, o governo havia anunciado bloqueio de R$ 588,7 milhões no quarto bimestre do ano para o cumprimento das despesas. A limitação foi toda realizada em despesas discricionárias gerais, de forma a tentar reduzir o déficit orçamentário.