As cooperativas de crédito implantaram o nó na rede do Real Digital e, com isso, iniciam os testes para o novo sistema, que o Banco Central (BC) trabalha para implementar no país.
Elas integram o Sistema Financeiro Cooperativo (SFCoop), que é o consórcio participante da iniciativa piloto para a criação do Real Digital.
O SFCoop é composto pelo Sicoob, Sicredi, Ailos, Cresol e Unicred, e o trabalho de implantação do referido nó se deu de forma conjunta.
Com isso, as cooperadas se dizem preparadas para acompanhar as tendências da nova economia digital.
Vale destacar que os nós identificam cada participante conhecido de uma rede em tecnologia blockchain.
“A conquista bem-sucedida da implantação do nó do Real Digital demonstra o alto nível de colaboração, cooperação e expertise técnica presente no SFCoop. A união das forças das instituições possibilitou a superação de desafios complexos, consolidando-as como referência no segmento cooperativista e financeiro do país”, ressaltou, em nota.
E disse mais: “com esse importante passo, o SFCoop está agora habilitado a iniciar a fase de testes do Real Digital, conduzido pelo Bacen, e continuar avaliando os benefícios e oportunidades que a nova tecnologia pode representar para o cooperativismo financeiro.”
Cooperativas de crédito
De acordo com o BC, cooperativa de crédito é uma instituição financeira formada pela associação de pessoas para prestar serviços financeiros exclusivamente aos seus associados. Os cooperados são ao mesmo tempo donos e usuários da cooperativa, participando de sua gestão e usufruindo de seus produtos e serviços.
Real Digital
O Real Digital, por sua vez, é a moeda digital brasileira.
Segundo o BC, o recurso tem por objetivo ser usado em pagamentos, compras, transações e investimentos.
O empreendimento terá duas versões:
- Atacado: será utilizado para pagamentos entre o Banco Central e as instituições financeiras;
- Varejo: será emitido pelo mercado e chegará ao consumidor final.
A versão de varejo é um real tokenizado. Ou seja, é uma representação digital do dinheiro que a gente já usa. Assim como em contas bancárias, você poderá trocá-lo ou armazená-lo eletronicamente. Porém, diferentemente da moeda atual, o Real Digital não poderá ser convertido em cédulas.
As vantagens
Conforme o BC, as vantagens são as seguintes:
- Permitir transações entre pessoas de forma direta;
- Redução de custos de produção, armazenamento, transporte e distribuição de dinheiro físico;
- Acesso à população não bancarizada;
- Estímulo à inovação no setor financeiro, impulsionando o desenvolvimento de novas tecnologias e soluções;
- Uso em qualquer lugar do mundo, sem necessidade da conversão por meio de bancos.
Vale lembrar que o BC já tem na praça o PIX, sistema de pagamentos e transferências instantâneas que ganhou a mente e o coração dos brasileiros, desbancando DOC e TED.
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