A confiança do consumidor nos Estados Unidos ficou estável em março, segundo dados da Universidade de Michigan divulgados nesta sexta-feira (15). A leitura preliminar do índice geral de confiança do consumidor nos EUA ficou em 76,5 pontos, em comparação com 76,9 em fevereiro.
A leitura preliminar da confiança do consumidor nos EUA veio levemente abaixo das estimativas do mercado, de 76,9 pontos em março.
A redução de 0,4 ponto percentual está dentro da margem de erro, segundo a Universidade de Michigan, e, portanto, o sentimento do consumidor tem permanecido estável e “essencialmente inalterado” desde janeiro de 2024.

A diretora da pesquisa, Joanne Hsu, avalia que os consumidores perceberam “poucos sinais de que a economia está melhorando ou se deteriorando no momento”.
O sentimento do consumidor permaneceu quase 25% acima de novembro de 2023 e está atualmente no meio do caminho entre a mínima histórica, alcançado durante o pico da inflação em junho de 2022, e leituras pré-pandemia.
Pequenas melhorias nas finanças pessoais foram compensadas por diminuições modestas nas expectativas quanto às condições empresariais.
Confiança do consumidor nos EUA: projeções para inflação
A leitura das expectativas para inflação de um ano ficou inalterada, em 3,0% em março. A perspectiva de inflação de cinco anos seguiu em 2,9% pelo quarto mês consecutivo.
Muitos norte-americanos estão preferindo não emitir opiniões sobre a trajetória da economia, particularmente a longo prazo, enquanto aguardam os resultados das eleições presidenciais em novembro.
A expectativa do consumidor nos EUA saiu de 75,2 em fevereiro para 74,6 pontos em março.
Produção industrial dos EUA cresce 0,1%
A produção industrial dos Estados Unidos cresceu 0,1% em fevereiro, após recuo de 0,5% em janeiro. Na comparação com o mesmo mês de 2023, houve queda de 0,7%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (15) pelo Federal Reserve, banco central norte-americano.
A projeção do mercado para a produção industrial dos EUA era de avanço de 0,3% para fevereiro.
A produção manufatureira mostrou o maior avanço no mês, de 0,8%, também após queda de 1,1% no mês anterior.
Segundo a pesquisa do Fed, a produção nas fábricas aumentou mais do que o esperado, diante de temperaturas amenas. Ainda assim, o segmento ainda sofre com os juros elevados no país, atualmente em 5,25% a 5,50% ao ano.
Veja o desempenho dos segmentos no mês:
- Produção de veículos automotores e peças: 1,8%; dado anterior: -3,8%;
- Produção de bens duráveis: 1,0%, com avanço na produção de produtos de madeira;
- Produção de bens não duráveis: 0,7%, impulsionada pelas categorias de produtos químicos, impressão e suporte, e produção de papel;
- Produção de mineração: 2,2%; dado anterior -2,9%;
- Produção de serviços públicos: -7,5%, com queda na demanda por aquecimento; dado anterior: 7,4%.
Índice de atividade industrial Empire State cai em março
O índice de atividade industrial Empire State, que mede as condições da manufatura em Nova York, teve queda de 20,9 pontos em março, ante recuo de 2,4 em fevereiro. A pesquisa foi divulgada nesta sexta-feira (15) pela distrital de Nova York do Federal Reserve.
Analistas consultados pela FactSet projetavam uma queda para o indicador a -8,0 pontos em março.
Segundo o relatório, houve enfraquecimento da demanda conforme novos pedidos também diminuíram expressivamente.
O subíndice de novas encomendas caiu de -6,3 para -17,2 pontos; o de embarques recuou de 2,8 para -6,9 pontos; e o de número de empregados caiu de -0,2 para -7,1 pontos.
O índice de preços pagos recuou de 33 para 28,7 pontos, e o de preços recebidos subiu de 17 para 17,8 pontos.