A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou a indicação do economista Gabriel Galípolo para o cargo de diretor de Política Monetária do Banco Central, com mandato até fevereiro de 2027. A indicação para o nome de Gabriel Galípolo no BC havia sido feita em maio pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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Galípolo recebeu 23 votos a favor e dois contra, após sabatina de cerca de duas horas e meia realizada na Comissão de Assuntos Econômicos. Ailton de Aquino Santos, servidor de carreira do BC desde 1998, que foi indicado para a diretoria de Fiscalização, teve 24 votos a favor e apenas um contra. Agora, as indicações vão ser votadas em regime de urgência pelo plenário para que os novos diretores possam ser empossados.
Além do presidente com mandato fixo de quatro anos, encerrado exatamente no meio do mandato do presidente da República, o BC tem oito diretores, todos também com mandatos de quatro anos, mas que são trocados dois por ano, justamente a fim de pulverizar a influência do governo sobre a instituição.
Os mandatos vencem sempre em 1º de janeiro, à exceção dos cargos do primeiro ano de governo, cujo vencimento foi em 28 de fevereiro. Assim, os novos diretores de Política Monetária e Fiscalização já poderiam ter sido indicados desde o começo de março, mas o governo buscou nomes ligados a seu campo político sem que houvesse o risco de rejeição pelo Senado.
O nome de Galípolo, por exemplo, foi referendado pelo próprio presidente do BC, Roberto Campos Neto, que desde o começo do ano vem sendo criticado pelo presidente Lula e por agentes do governo pela decisão de manter a Selic (taxa básica de juros) em 13,75% ao ano.
Os oito diretores, junto com o presidente, formam o Copom (Comitê de Política Monetária), responsável pela definição da Selic. O governo agora quer urgência na aprovação pelo plenário para que Galípolo e Aquino já possam participar do próximo encontro, no começo de agosto, na qual a projeção do mercado é a redução em 0,25 p.p., para 13,5% ao ano.
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Gabriel Galípolo no BC: quem é o indicado
Gabriel Galípolo é economista, com passagem tanto pelo mercado financeiro, como CEO do Banco Fator, quanto pela academia, como pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro, além de professor em outras instituições.
Desde a campanha presidencial, no ano passado, ele participou de reuniões com a equipe de economistas que assessorou Lula na formulação do plano de governo, e é visto como uma espécie de ponte entre o mercado financeiro e a visão mais heterodoxa e intervencionista do PT.
Essa visão foi reforçada durante sua passagem pela secretaria executiva do Ministério da Fazenda, ao longo do primeiro semestre, quando assessorou Haddad na formulação de políticas e programas como o Desenrola, criado para reduzir o endividamento dos brasileiros mais pobres.
Formado pela PUC-SP, pela qual obteve também seu mestrado em Economia, Galípolo atuou ainda como conselheiro da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e pesquisador do Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais) antes de sua passagem pelo governo.
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