Os carros populares ganharam corte de impostos para baratear preço, conforme medida anunciada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP).
De acordo com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSDB-SP), a principal medida será a redução de tributos para veículos de até R$ 120 mil, com a redução do IPI e do PIS/Cofins.
O primeiro diz respeito ao Imposto de Produtos Industrializados, e o segundo trata da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social.
Segundo Alckmin, as reduções nos preços finais dos veículos vão variar de 1,5% até 10,96%, sendo que os descontos serão maiores para os carros mais baratos.
Também disse que, além do preço, dois outros fatores serão levados em conta para determinar o tamanho do desconto: a eficiência energética e a produção nacional. O governo ainda vai especificar quantas faixas de redução haverá.

Carros populares
O pacote de medidas do governo deve ser liberado em até 15 dias, quando o ministro Fernando Haddad (Fazenda) deverá realizar cálculos de medidas compensatórias para perda de receita com os incentivos.
Vale lembrar que Alckmin também é Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, e foi o responsável pelo desenho do programa.
Ele destacou que redução no valor dos veículos atende à “questão social” porque beneficia com descontos maiores os veículos cujo preço é mais acessível.
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Objetivo
Levantamento da Folha de S.Paulo reforça que o objetivo inicial do pacote era reduzir os valores iniciais de modelos compactos com motor 1.0 para algo entre R$ 50 mil e R$ 60 mil. Hoje, o automóvel mais barato vendido no Brasil é o Renault Kwid na versão Zen, que custa R$ 69 mil.
Segundo o vice-presidente, os carros mais baratos podem começar a serem vendidos por um valor abaixo de R$ 60 mil porque, além das reduções tributárias, há a possibilidade de vendas diretas da indústria, o que representaria um “desconto ex-tarifário importante”.
O governo federal afirma que a redução nos preços pode atingir 33 modelos, de 11 marcas.
Fatia do PIB
A indústria automotiva no Brasil responde por 20% do Produto Interno Bruto (PIB) da indústria de transformação, e está com 50% de sua capacidade instalada ociosa.
Desta forma, o pacote de medidas deverá ajudar a manter os empregos diretos e indiretos nas montadoras e em toda cadeia produtiva.
Além disso, segundo Alckmin, poderá haver reduções definidas por montadoras e outras relativas à venda dos carros direto da fábrica. O governo deverá emitir MP permitindo esse tipo de transação.
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