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Caged: 240 mil vagas abertas, em quarto mês de crescimento

Caged: 240 mil vagas abertas, em quarto mês de crescimento

O Brasil criou 240.033 vagas de emprego formal em abril, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O número é levemente menor em relação ao registrado em março, de 244.716 postos de trabalho, com o dado já ajustado.

No mesmo mês de 2023, foram criadas 181.761 vagas. No acumulado de 2024, até então, 958.425 vagas formais de trabalho foram abertas. O resultado de abril considera 2.262.420 admissões e 2.018.105 desligamentos.

O resultado de abril ficou acima da projeção do mercado, de 216.950 novas vagas a serem criadas no período.

Evolução do saldo do Caged

Caged: setor de serviços tem maior crescimento

Dos cinco grandes setores da economia analisados pelo Caged, serviços se destaca no acumulado de janeiro a abril, com 556.607 novas vagas. Em abril, o setor criou 138.309 empregos. Se em março o setor do agronegócioregistrou saldo negativo de 6.457 postos formais de trabalho, neste mês ele gerou 6.576 novas vagas.

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O setor que mais gerou empregos no mês foi o de serviços, dos cinco maiores da economia, com uma geração de 148.722 vagas. A agropecuária reverteu o saldo negativo de abril e conseguiu gerar 6.576 novas posições. Veja:

  • Setor de Serviços: 138.309 vagas;
  • Indústria Geral: 35.990 vagas;
  • Construção Civil: 31.893 vagas;
  • Comércio: 27.272 vagas;
  • Agropecuária: 6.576 vagas.

As unidades da federação com maior geração são lideradas pelo estado de São Paulo, com 76.229 novos postos de trabalho. Em seguida, assim como em março, Minas Gerais teve uma geração forte, ainda que menor na base mensal, de 25.868 vagas. Em terceiro lugar, o Paraná, com saldo positivo de 18.032.

Dois estados do Nordeste registraram mais demissões que contratações: Pernambuco (-1.103) e Alagoas (-1.607).

Tá, e aí?Stephan Kautz

Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset, avalia que os números do mercado de trabalho divulgados nesta quarta – tanto Pnad, do IBGE, quanto do Caged, do Ministério do Trabalho – são positivos, mas tendem a preocupar a ala mais conservadora do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central quanto às perspectivas para inflação, especialmente a inflação de serviços.

“Houve uma nova queda na taxa de desemprego, agora perto dos 7%, que é um resultado bem baixo, com alta expressiva da quantidade de pessoas ocupadas, o que foi também confirmado pelo Caged. A massa salarial também está alta, crescendo acima da inflação. Em geral, o mercado de trabalho continua dando sinais de crescimento, o que para o Banco Central é, no mínimo, uma ‘pulga atrás da orelha’”, afirma.

Ele pondera que a semana teve a prévia da inflação, o IPCA-15, apontando uma melhora em serviços, comparativamente ao início do ano, e vindo próximo às mínimas do ano passado. Mas que, apesar do dado bom da inflação, o mercado de trabalho continua dando sinais de fortaleza. “Então, fica a dúvida sobre até onde a inflação vai continuar melhorando, enquanto o mercado de trabalho estiver tão forte. O Produto Interno Bruto (PIB) do segundo semestre do ano passado teve crescimento zero, o que deveria fazer o mercado de trabalho afrouxar um pouco. Mas não é o que a gente tem visto nos últimos meses. Vemos até uma reaceleração, pelos dados do Caged”, avalia.

Ouça o áudio na íntegra: