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BTG (BPAC11) reitera compra para Gerdau (GGBR4), após destaque nos Estados Unidos

BTG (BPAC11) reitera compra para Gerdau (GGBR4), após destaque nos Estados Unidos

A Gerdau (GGBR4) apresentou resultados sólidos, que estão dentro das estimativas do Banco BTG Pactual (BPAC11), conforme novo relatório divulgado nesta quinta-feira (24). A instituição financeira reitera a compra de ações, ao preço-alvo de R$ 43.

A empresa que atua no setor de siderurgia encontrou dificuldades no Brasil e registrou o valor de R$ 6 bilhões em seu Ebitda, com margens de – 800bps t/t. O grande impacto no cenário nacional foi devido a redução na produção de aço. Em contrapartida, o BPAC11 destacou os números da divisão Estados Unidos, onde a GGBR4 atingiu o recorde de 27% em seu Ebitda. Existe a previsão de spreads de metais e uma boa demanda ao longo deste ano.

O melhor momento da Gerdau, no trimestre, foi a sua geração de caixa, onde a siderúrgica registrou R$ 3,4 bilhões em seu fluxo. Este montante equivale a um yield anualizado de 30% – vale lembrar que este indicador mede o desempenho de uma empresa de capital aberto.

Por fim, o capex – que é o montante gasto na compra de bens de capital, teve relevância e totalizou R$ 4,5 bilhões em 2022, número este, acima das estimativas de R$ 4 bilhões do Banco BTG.

BTG (BPAC11): Dificuldades no Brasil e retorno na América do Norte

A Gerdau encontrou dificuldades no Brasil devido a queda em sua produção. O Ebitda ficou – 30% t/t, o que é abaixo do cálculo do BPAC11. A siderúrgica ainda anotou o percentual negativo de – 10% em sua manufatura doméstica, em compensação, o CPV/t cresceu 9% t/t com a margem de 31,5%.

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A divisão Estados Unidos conseguiu a expansão de 14% t/t em seu Ebitda, com margens de 27,4% (+200ps vs BTGPe). O aumento no índice de spreads metálicos simboliza a expansão de 6% t/t nos preços.  A instituição financeira deu ênfase a unidade LatAm, que conquistou resultados dentro das estimativas, exceto pela queda de – 13% do Ebitda devido ao aumento de 22% no preço da sucata na região.

“A unidade de ações especiais apresentou resultados sólidos no geral, com EBITDA estável t/t (em linha), pois as margens operacionais foram sustentadas devido ao forte mercado de veículos pesados no Brasil, bem como a demanda de petróleo e gás ainda saudável nos EUA.” informa trecho do relatório.

Balanço sólido

A meta da GGBR4 é fortalecer o seu balanço através da redução de seu endividamento bruto ao longo de 2022. A siderúrgica apresentou a dívida líquida de R$ 7,2 bilhões no trimestre, e este resultado, está 20% abaixo das estimativas do BPAC11.

Em relação ao fluxo de caixa, a Gerdau anotou o montante de R$ 3,4 bilhões com o auxílio de R$ 548 milhões do seu capital de giro. Segundo o Banco BTG, os números da GGBR4 contribuiriam para manter o excelente momento, mesmo sem este efeito.

Por fim, a siderúrgica ainda irá pagar os dividendos de 30%, o que pode representar algumas mudanças até o meio do ano.

Menores múltiplos em anos

O sucesso da Gerdau está associado a baixa alavancagem, sólida geração de caixa e ativos em dólares, o que contribuiu para a expansão da empresa nos Estados Unidos.

O relatório do BPAC11 destacou possíveis obstáculos relacionados aos esforços chineses para uma possível queda na produção de carbono, o que pode impactar a produção de aço a nível global em um longo prazo.

O Ebitda de – 30% ao ano em 2022 foi considerado conservador. Por fim, a Gerdau ainda conseguiu negociar os seus múltiplos a um preço acessível (~ 3x EV/Ebitda 22), o que corresponde a yields de fluxo de caixa na faixa dos 15%.