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Brasil vai “crescer e surpreender de novo”, promete Paulo Guedes

Brasil vai “crescer e surpreender de novo”, promete Paulo Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira (9) que o Brasil vai voltar a crescer e “surpreender de novo”. “O Brasil é uma democracia estável, se preparou, realizou reformas, logo vai voltar a crescer e surpreender de novo”, afirmou. “Existe uma visão trágica da economia brasileira simplesmente não cabe.”

Esse crescimento previsto pelo ministro, de fato, não está nas previsões do mercado. Na semana passada o boletim Focus, do Banco Central, projetou crescimento do PIB de 0,75% em 2002 e de 1% em 2023. Em 2021, o crescimento foi de 4,6%, revertendo a perda de 3,9$% de 2020.

Guedes participou nesta segunda-feira (9) do lançamento da plataforma Monitor de Investimentos, desenvolvida em parceria entre o Ministério da Economia e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com apoio financeiro do governo britânico.

O Monitor de Investimentos vai divulgar informações sobre investimentos e sustentabilidade nos principais setores da economia, estimular o planejamento e regulação, além de dar maior visibilidade às oportunidades de investimento de interesse público no Brasil.

“É uma ocasião importante, porque o crescimento do país depende de investimentos e estamos diante de uma oportunidade histórica”, afirmou Guedes.

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Investimentos e reforma tributária

O ministro da Economia defendeu a aceleração da reforma tributária, que está parada no Senado, para que o país possa voltar a estimular o investimento privado. Segundo ele, o IPI (Imposto sobre a Produção Industrial) “é um imposto que vai contra a industrialização brasileira”.

“Temos de compensar, tributando os mais ricos e tirando a tributação das empresas”, defendeu Guedes. Segundo ele, o investimento privado é a saída para a economia brasileira. “O modelo de investimento público afundou, se exauriu em meio a corrupção e outros problemas.”

Segundo ele, o país já conta com “R$ 860 bilhões de investimentos contratados”, citando concessões realizadas recentemente nos setores de portos e na telefonia celular e novos marcos regulatórios, como no setor de saneamento básico.

Reconstrução de cadeias globais

Paulo Guedes defendeu que, nos últimos anos, três fatores prejudicaram a economia global e devem provocar uma reconfiguração das cadeias produtivas: uma crise comercial entre EUA e China, a pandemia de covid-19 e a guerra entre Rússia e Ucrânia.

Segundo ele, o Brasil está bem posicionado para se estabelecer entre as novas cadeias, que privilegiarão dois elementos:

  • nearshoring – importância de estar perto de sua cadeia de suprimentos; “por exemplo, os supercondutores, que vêm da Ásia, precisam ser produzidos mais perto”, explicou o ministro.
  • friendshoring – o fornecedor tem que ser confiável no cenário internacional, ou seja, respeitar acordos e evitar conflitos.

“O Brasil está perto, e o Brasil é confiável, por isso essa é a oportunidade que o país tem de se reposicionar como um player importante para essas novas cadeias produtivas”, defendeu.

Segundo ele, o Brasil está posicionado para ajudar o planeta a enfrentar o que chamou de três maiores problemas do mundo no futuro próximo: segurança energética, segurança alimentar e prevenção das mudanças climáticas.

“Nós precisamos receber pagamentos pelos serviços ambientais, e isso está sendo acertado aos poucos”, disse Guedes.

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