O Bank of America (BofA) revisou, na quarta-feira (2), suas projeções para a economia dos Estados Unidos. O banco retirou sua projeção de recessão nos EUA para uma aposta de “pouso suave”, com crescimento baixo mas positivo.
O BofA estima um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA em 2% no quarto trimestre de 2023, na comparação com o mesmo período de 2022, contra a estimativa anterior de 1,5%. Para 2024, a projeção é de 0,7%, e de 1,8% em 2025.
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A movimentação do BofA vem após o rebaixamento pela Fitch da nota de crédito dos Estados Unidos, na terça-feira (1°). A agência rebaixou a classificação de AAA para AA+, alegando uma “deterioração fiscal esperada para os próximos três anos.
Contudo, dados divulgados na semana passada mostraram que a economia norte-americana cresceu de maneira mais rápida do que o esperado no segundo trimestre de 2023, com um mercado de trabalho robusto que sustentou os gastos dos consumidores. Além disso, as empresas aumentaram seus investimentos em equipamentos e construíram mais fábricas.
O que mercado diz sobre possibilidade de recessão nos EUA
Michael Gapen, economista para os EUA do BofA, comunicou que a instituição ainda projeta que a inflação desacelere e permaneça em uma trajetória de 2%, mas em um cenário diferente. “Devido a uma projeção mais forte para a atividade e o mercado de trabalho, a inflação deve cair de forma mais gradual”, afirma
Para Gaspen, mais evidências de resiliência da atividade econômica junto à redução da pressão de aumentos salariais e da inflação fazem com que o banco acredite que a recessão moderada, prevista anteriormente, não deverá ocorrer.
O Morgan Stanley também elevou recentemente sua previsão de crescimento econômico, na esperança de um “pouso suave”, enquanto o Citigroup e o Goldman Sachs aumentaram suas projeções para o índice S&P 500 para o final de 2023.
O “pouso suave” da economia é esperado no lugar da possibilidade de recessão nos EUA. Nesse caso, os juros altos para conter o avanço da inflação e uma economia contracionista não causariam uma crise severa, com o mercado de trabalho desacelerando fortemente e os salários sendo reduzidos.
