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Bolsas dos EUA caem após Fitch rebaixar nota, mas economistas não estão preocupados

Bolsas dos EUA caem após Fitch rebaixar nota, mas economistas não estão preocupados

Os mercados de ações globais caem nesta quarta-feira (2) depois que a agência de classificação Fitch rebaixou a nota de crédito dos Estados Unidos para o longo prazo. Os economistas, no entanto, dizem que não há motivos para se preocupar. As informações são da CNBC.

A Fitch anunciou na noite de terça-feira (1°) que rebaixou a classificação de crédito de longo prazo dos EUA de AAA para AA+. A agência citou uma “deterioração fiscal esperada para os próximos três anos”, com “impasses políticos consecutivos em relação ao teto da dívida”.

Em 2 de junho, o presidente norte-americano Joe Biden assinou a lei que amplia o teto da dívida. A área econômica do país dizia não haver mais dinheiro para bancar as despesas a partir de 5 de junho, caso não houvesse uma solução em relação ao limite.

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O ex-secretário do Tesouro dos EUA, Larry Summers, e o conselheiro econômico chefe do grupo Allianz, Mohamed El-Erian, reprovaram a decisão da Fitch.

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Summers disse que a classificação é “bizarra e absurda”. El-Erian disse estar “perplexo” com o raciocínio da agência. A atual secretária do Tesouro, Janet Yellen, descreveu o rebaixamento como “desatualizado”.

O economista-chefe do Goldman Sachs, Alec Phillips, também avaliou que a decisão não se baseou em informações fiscais mais recentes e, portanto, não deve ter um impacto duradouro sobre o mercado, além da reação imediata de choque.

Phillips apontou que o rebaixamento “deve ter pouco impacto direto nos mercados, uma vez que é improvável que existam grandes detentores de títulos do Tesouro que sentiriam a obrigação de vendê-los com base na mudança da nota de crédito”.

As projeções da Fitch são semelhantes às nossas, de um déficit de cerca de 6% do PIB nos próximos anos. A agência cita projeções de obrigação de dívida colateralizada em sua perspectiva de médio prazo, portanto o rebaixamento não reflete novas informações ou uma grande diferença de opinião sobre as perspectivas fiscais”, avaliou o executivo do Goldman Sachs. 

Este foi o primeiro rebaixamento para os EUA desde 1994. Contudo, a S&P Global Ratings reduziu a nota de crédito soberano do país em 2011. Na época, a movimentação causou um impacto negativo significativo no mercado, mas o estrategista observa que não houve “nenhuma venda forçada aparente.” Nos 12 meses seguintes, o índice S&P 500 teve uma recuperação de 15%.

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Os títulos do Tesouro são ativos muito relevantes, portanto as referências a eles são muito específicas. A avaliação em relação à nota de crédito do governo não incide sobre esses investimentos”, disse em relatório.

A situação, disse o Goldman Sachs, seria diferente se a Fitch tivesse rebaixado o teto da nota de crédito do país como um todo. “Títulos ‘AAA’ emitidos por entidades norte-americanas poderiam ser impactados negativamente.”

O estrategista-chefe de ações da Wells Fargo Securities, Chris Harvey, compartilhou a opinião de Phillips sobre o impacto nos mercados: “O Wells Fargo acredita que qualquer retração nas ações seria relativamente curta e superficial.

Segundo Harvey, antes do rebaixamento pela S&P em 2011, “as ações estavam em território de correção, os spreads de crédito estavam aumentando, as taxas estavam caindo e a crise financeira global ainda atrapalhava a consciência coletiva do mercado”. Hoje, na visão do especialista, o oposto acontece.

Investidores devem diversificar aportes

O investidor Mark Mobius disse à CNBC que a alteração na nota de crédito dos EUA pode fazer investidores repensarem suas estratégias nos mercados de câmbio e dívida.

De uma perspectiva de longo prazo, as pessoas vão começar a pensar que precisam diversificar suas participações para além dos EUA, e também em ações. Essa é uma maneira de proteger o patrimônio de qualquer deterioração de câmbio”, disse.

Mobius projeta que o mercado de ações dos EUA continuará subindo com seus pares. Contudo, as alocações podem cair levemente para serem redirecionadas a mercados emergentes.

  • Você leu sobre a redução da nota de crédito dos EUA pela agência Fitch. Veja, a seguir, como obter dividendos em dólar, a moeda mais forte do mundo!