O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou a suspensão das atividades da fundação IBGE+, criada para captar recursos privados e suprir o déficit orçamentário do órgão. A decisão ocorre em meio a uma crise interna e forte insatisfação com a gestão do presidente do instituto, Marcio Pochmann.
A fundação IBGE+ foi estabelecida como um braço do IBGE, para permitir a realização de pesquisas contratadas por empresas privadas. No entanto, servidores da instituição manifestaram preocupações sobre a possível perda de autonomia e credibilidade do instituto a longo prazo. A polêmica levou o IBGE a interromper temporariamente as atividades da fundação e buscar modelos alternativos que possam exigir alterações legislativas.
A crise envolvendo a fundação IBGE+ intensificou a oposição a Pochmann dentro do órgão. Mais de 600 servidores assinaram uma carta aberta denunciando uma gestão autoritária e politizada. Entre os 651 servidores que defendem sua saída, 289 ocupam cargos de chefia.
As críticas também repercutem dentro do governo, onde parte da base vê a crise como resultado de uma nomeação conturbada e da falta de consenso sobre a gestão do IBGE.
A turbulência na gestão de Pochmann começou desde sua nomeação em julho de 2023, que gerou desentendimentos internos no governo, incluindo a ministra do Planejamento, Simone Tebet. A falta de alinhamento entre Pochmann e os servidores tem levantado questões sobre a credibilidade do IBGE, essencial para a formulação de políticas públicas no Brasil.
Enquanto o governo avalia os desdobramentos da crise, especialistas alertam para os impactos na imagem e na confiabilidade do instituto. A fundação IBGE+ segue suspensa, enquanto o debate sobre seu futuro continua em aberto.
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