A Argentina, por estar em crise, fixou a taxa de câmbio para tentar segurar o dólar.
Isso porque a moeda argentina desvalorizou 22% na última segunda-feira (14).
Desta forma, o governo se comprometeu a executar a medida até 30 de outubro, conforme solicitação do Fundo Monetário Internacional.
Argentina fixa taxa de câmbio
O Fundo, com o qual a Argentina tem um programa para refinanciar uma dívida de US$ 45 bilhões, pedia uma desvalorização de 100%, à qual o governo se opôs, pediu um salto cambial de 60%, que também foi rejeitado, e acabou sendo acordado que fosse de 20%.
A medida resultou em remarcações de preços e paralisação de operações. O Ministério da Economia está negociando aumentos de 5% nos próximos três meses com as empresas, em um contexto em que a inflação está próxima de 7% ao mês.
3ª grande crise
Vale lembrar que o país vizinho está em sua terceira grande crise em 40 anos de democracia e, neste momento, a inflação passa dos três dígitos desde fevereiro, fazendo com que os preços subam semanalmente.
Como a Argentina acumula déficits fiscais há mais de dez anos, o que implica em gastar mais do que arrecadar, muito por conta do excesso de subsídios, há dinheiro sobrando na economia, e isso é um problema.
Títulos públicos
Na sequência, há a necessidade de o governo se autofinanciar e, para isso, ele acaba emitindo títulos públicos para serem vendidos no mercado financeiro (o que permite absorver novamente esses pesos, controlando a inflação).
Porém, como o país carece de credibilidade, a medida se tornou insuficiente.
Existem outros elementos da microeconomia que também prejudicam a nação, mas são problemas históricos e que a Argentina deverá resolver por meio de planos econômicos adequados, mas isso passa pela política e, neste quesito, o país parece estar longe de um acerto.
Corrida eleitoral
Para se ter ideia, no final de outubro os argentinos vão às urnas escolher o próximo presidente e o candidato mais bem colocado quer tirar o país do Mercosul e parar de negociar com a China. Ele também pretende encerrar o Banco Central, seja lá o que isso signifique.
Trata-se de Javier Milei que, conforme noticiado pelo EuQueroInvestir, é um presidenciável ultraliberal e foi o grande vencedor das primárias.
A justificativa para deixar o bloco é que, segundo ele, o Mercosul é uma união aduaneira que favorece os empresários que não querem competir.
Ele pretende travar, ainda, a negociação que está em andamento para o tratado de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia.

- VOCÊ LEU SOBRE A ARGENTINA EM CRISE E PODE INVESTIR EM ATIVOS DE PROTEÇÃO; SAIBA MAIS