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Apostas para a Selic: BTG já vê taxa em 12% no início de 2025

Apostas para a Selic: BTG já vê taxa em 12% no início de 2025

Com sinalizações contraditórias, segue em suspense o que será da Selic, taxa básica de juros da economia, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de 17 e 18 de setembro. As apostas são variadas.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central e cotado para assumir a presidência da autarquia monetária, vem repetindo em diversas ocasiões que a alta da Selic é uma opção que “está na mesa” e será levada a cabo, caso seja necessário para trazer a inflação à meta. Ao mesmo tempo, ponderou que o Copom vai com “todas as opções” para a próxima reunião.

Roberto Campos Neto, presidente do BC, por sua vez, afirmou que a alta é uma opção e não guidance. E que enxerga que “o mercado está elevando as projeções, mas não os economistas”.

Na ata da última reunião do Copom, o comitê deixou claro que há dois caminhos: juros mantidos onde estão por mais tempo ou nova alta. E reiterou que “não hesitará em subir os juros novamente, se necessário for”.

Quais as apostas para a Selic?

Para a EQI Asset, com as informações disponíveis até aqui, a expectativa é que a taxa de juros deve permanecer em 10,50% até dezembro, com possível novo corte em 2025. Em 2025, a Selic volta a cair, chegando a 9,50% ao ano.

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“A ata mostra um Banco Central muito preocupado com taxa de câmbio, mas inseguro ainda quanto aos efeitos finais desta. O Copom está ganhando tempo e olhando para ver o impacto final desses movimentos”, avalia Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset.

Kautz destaca que, na ata, ficou claro que, se o Copom tiver que fazer algum movimento daqui em diante, será o de subir juros, mas que mantém a possibilidade de que apenas mantendo a taxa de juros por um longo período será possível levar a inflação para próximo da meta. “É o que vemos no cenário alternativo apresentado na ata, com Selic constante”.

Já para o BTG Pactual, a Selic deve subir em setembro em 25 pontos-base, chegando a 10,75%. Em novembro e dezembro, o banco vê mais duas altas possíveis, de 50 pontos-base cada. Isso levaria a Selic a 11,75%. Mas não é só. Para o BTG, em janeiro do ano que vem a taxa deve subir ainda em mais 25 pontos-base, o que levaria o juro básico a 12% no início de 2025.

“Os membros do Copom expressaram que não estão fornecendo nenhuma forma de guidance para a próxima reunião. Mas interpretamos esses avisos como consistentes com a flexibilidade usual que o comitê busca ao ajustar seu curso de ação e acreditamos que a comunicação já foi tão longe quanto necessário para permitir o início do ciclo”, avaliam os economistas Claudio Ferraz, Bruno Balassiano e Bruno Martins em nota enviada a clientes do BTG.

“Não é coincidência que os preços e os ativos financeiros tenham se ajustado de acordo, porque parece haver uma disposição unânime no comitê de fazer o que for preciso para perseguir a meta”, diz o banco.  

“Assim, caso um ciclo não se materialize, há uma forte probabilidade de uma reversão na redução dos prêmios de risco e de uma erosão da credibilidade, potencialmente tornando o desafio ainda maior à frente”, apontam.

Ao avaliarem o cenário econômico, eles dizem que a desinflação é lenta ou está em processo de reversão; as expectativas estão “totalmente desancoradas” e há uma necessidade de reafirmar o compromisso com a meta de inflação.

O BTG observa que a melhor estratégia de implementação do aperto monetário seria por meio de aumentos de 50 pontos-base na Selic a partir de setembro, em um ciclo que levasse a Selic a 12% ou até mesmo 12,5%. “No entanto, por ora, preferimos marcar o início do ciclo em um ritmo mais modesto (25 pontos-base), ponderando a importância de um movimento de consenso”.

O Boletim Focus, por sua vez, que semanalmente traz a média das projeções do mercado, manteve a Selic em 10,50% até o final do ano, mas já revisou a taxa para 2025: de 9,75% para 10%.

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