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Aplicativo do FGC já é o mais baixado e ganha do Chat GPT

Aplicativo do FGC já é o mais baixado e ganha do Chat GPT

Crescimento repentino do app reflete corrida de investidores após a liquidação do Banco Master

O aplicativo FGC disparou nas lojas digitais e assumiu o topo dos apps mais baixados no Brasil, ultrapassando gigantes como Chat GPT, Gemini e AliExpress. A procura acelerou após a liquidação extrajudicial do Banco Master, o que levou milhares de investidores a correrem para o aplicativo FGC para solicitar o ressarcimento garantido pelo Fundo Garantidor de Créditos.

A explosão de downloads revela não só a dimensão do impacto no mercado financeiro, mas também o quanto o investidor brasileiro depende da ferramenta em momentos de crise.

Esse avanço surpreende porque, até o início da semana, o aplicativo FGC registrava poucos downloads e sequer aparecia no ranking nacional. A mudança foi tão forte que derrubou da liderança os chatbots de inteligência artificial, que historicamente dominam o topo da lista. No iOS, a escalada foi mais intensa, já que aplicativos de finanças tendem a performar melhor no ecossistema da Apple.

O movimento reforça a importância prática do fundo. Quando um banco é liquidado, como aconteceu com o Master, o aplicativo FGC se torna o canal oficial para cadastro, envio de documentos e solicitação do pagamento das garantias.

Para investidores que estavam expostos a CDBs e outros títulos do banco, o app virou a porta de entrada para recuperar até 250 mil reais por CPF ou CNPJ.

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Por que o caso do Banco Master mudou o comportamento dos investidores?

A liquidação do Banco Master encerra uma fase marcada por expansão acelerada, juros acima da média e alavancagem considerada arriscada por analistas. A oferta de CDBs com remunerações agressivas atraiu milhares de investidores, mas também elevou o risco estrutural da instituição. Quando o Banco Central decretou a liquidação, o alerta virou realidade e o FGC passou a ser o caminho natural para buscar proteção.

Segundo analistas, o episódio não representa risco sistêmico, mas deve impulsionar mudanças regulatórias importantes. A expectativa é que regras de alavancagem fiquem mais rígidas, que exigências de garantias aumentem e que bancos menores enfrentem custos mais altos para captar recursos.

Ao mesmo tempo, o caso expôs um comportamento comum entre investidores brasileiros: confiar apenas na proteção do FGC e ignorar a análise de risco.

Essa dependência do garantidor não elimina a necessidade de avaliar solidez, inadimplência e modelo de negócio da instituição emissora. Mesmo com o pagamento assegurado, o processo pode demorar meses, o que trava o dinheiro do investidor durante o período. No caso do Master, especialistas estimam que o pagamento pode levar até seis meses por causa do volume de credores.

Como acionar o FGC?

Para recuperar valores aplicados em instituições cobertas pelo fundo, o caminho começa obrigatoriamente no aplicativo FGC. O processo é simples, mas exige atenção. Primeiro, o investidor deve baixar o app e realizar o cadastro.

Captura de tela do aplicativo FGC

Pessoas físicas precisam informar CPF e enviar um documento com foto. No caso de empresas, é necessário apresentar CNPJ e documentos que comprovem representação legal.

Captura de tela do aplicativo FGC

Depois disso, o investidor aguarda a inclusão na base de credores. Essa lista é enviada ao FGC pelo liquidante, nomeado pelo Banco Central, em um prazo médio de trinta dias úteis. Só quando o nome aparece no aplicativo é possível solicitar o pagamento. O usuário valida a biometria, envia documentos adicionais e assina o termo de sub rogação.

Com tudo aprovado, o FGC deposita o valor na conta indicada em até quarenta e oito horas úteis.

O investidor tem cinco anos para solicitar a garantia a partir da data de liquidação. Caso o CPF ou CNPJ não apareça na base, é preciso contatar o liquidante e apresentar comprovantes, como extratos e notas de negociação.

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