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Diversificação de investimentos e balanceamento: estratégias para um cenário volátil

Diversificação de investimentos e balanceamento: estratégias para um cenário volátil

A diversificação de investimentos é uma estratégia sempre recomendada. Ainda mais em um ano instável como 2022

Mas, além de “não colocar os ovos em uma mesma cesta, é preciso diversificar também os galinheiros”. 

Quem orienta é Carol Daher, analista de investimentos CNPI-T, mestre em Direito e Negócios Internacionais e fundadora do canal “Mulher na Bolsa”.

Ela esteve ao lado de Paula Reis, trader e fundadora do canal “Mulher Trader” no evento “Lugar de Mulher é Onde Ela Quiser, Inclusive na Bolsa de Valores!” e contou suas estratégias de diversificação em 2022.

Participaram também do encontro Caroline Rosa, sócia e gerente comercial de renda variável na Genial Investimentos e Gabriela Shibata, gerente de produtos de Cash Equities da B3. 

Elas explicaram porque a diversificação, balanceamento, educação financeira serão importantes para atravessar 2022.

Diversificação de investimentos: mandatório em 2022

“Sempre digo que não é legal colocar todos ovos na mesma cesta. Mas, principalmente, não é legal deixar todas as cestas no mesmo galinheiro”, define Carol Daher, analista de investimentos e fundadora do Canal Mulher na Bolsa. 

Ela explica que quando se coloca o capital em um único ativo, o investidor dá margem a oscilações indesejadas no patrimônio. Para evitar isso, é preciso ter uma carteira equilibrada. 

“Principalmente, nos momentos de crise, todas as questões são minimizadas quando se tem uma carteira balanceada”, avalia a analista. 

Para Caroline Rosa, sócia e gerente comercial de renda variável na Genial Investimentos, a diversificação funciona “como uma vestimenta que deve ser trocada a cada estação do ano”.

Já Gabriela Shibata, gerente de produtos de Cash Equities da B3, analisa que a diversificação é indispensável para uma gestão eficiente de portfólio. Principalmente, no aspecto da gestão de risco.

“O investidor precisa entender que não tem milagre nos investimentos. Mas, sim existe a educação financeira, a diversificação e a construção de estratégias de curto, médio e longo prazo”, esclarece. 

Quais os produtos preferidos das mulheres em renda variável?

Gabriela Shibata, gerente de produtos de Cash Equities da B3, lembra a evolução do mercado nos últimos anos. 

“Vale mencionar o salto no número de investidoras na B3. Em 2019, o número representa 400 mil mulheres. Hoje, estamos na casa de 1.5 milhão

Temos acompanhado também o comportamento de diversificação. Em 2016, 3 em cada 4 investidores tinham apenas ações na carteira. Em 2021, 35% investem somente em ações. Isso mostra que eles estão buscando outros produtos. 

Quando olhamos para as mulheres, percebemos um movimento em Fundos Imobiliários (FIIs), em ETF (Fundos de Índice) e BDRs, que em 2019, a representatividade dela era 18%, hoje está em 25%. 

A tendência é que a diversificação aumente cada vez mais”, analisa a gerente de produtos.

dicas de diversificação de investimentos

Reprodução/Mulher Trader

Quais as recomendações de diversificação de investimentos para 2022?

“Dado o cenário atual, falamos muito sobre a criptoeconomia. Esse é o dinheiro do futuro no presente, não tem como ignorar, por isso, incluímos essa situação em nossa carteira recomendada”, analisa Carol Daher. 

“Entre os setores especiais para o ano, incluímos as big techs como Facebook, Amazon, Apple, Microsoft, Google, que são empresas que têm muita representatividade no S&P 500 e market cap de aproximadamente de 8 trilhões de dólares. Empresas, que somam mais que o PIB brasileiro”, diz.

Já no setor de papel e celulose, a China proibiu a importação de papéis recicláveis e está comprando matéria-prima, o que eleva o preço. Além desse fator, o e-commerce cresceu pós-advento da pandemia. As empresas irão, portanto, demandar mais embalagens. 

No setor de alimentos, destaque para as empresas que fazem alimentos ‘plant-based’, que estão ganhando mais exposição. Isso não só em virtude da conscientização sobre a redução do consumo da proteína animal, mas pela logística e dificuldade da agricultura com relação aos insumos.

“No ano passado tivemos uma rentabilidade de 144,99% da nossa carteira. Este ano a meta é dobrar”, declara Carol Daher. 

Diversificação de investimentos: como a mulher conservadora pode ir para a renda variável?

“Minha dica é conhecer o seu perfil. Entender qual o capital será direcionado para a renda variável e fazer uma reserva financeira. Quando se entra na renda variável, o seu portfólio tem que ter uma parte protegida das grandes oscilações. Isso não quer dizer que você nunca irá perder, mas, sim que uma parte do capital irá oscilar menos, o que levará mais confiança”. recomenda Carol Daher. 

Já Caroline Rosa destaca a necessidade do conhecimento para estruturar estratégias em renda variável. 

“A gente nasce com um perfil investidor, mas não morre com ele. Dar o primeiro passo é mais simples do que imaginamos. A partir do momento que temos mais conhecimento, podemos mudar no decorrer da vida”, ressalta a investidora. 

“A educação financeira é importante. Não é preciso gastar rios de dinheiro para se especializar. Temos o hub B3, em parceria com players do mercado que dispõe de conteúdo sobre uma gama gigante de produtos para auxiliar neste processo”, indica Gabriela Shibata. 

Já Paula Reis finaliza: “Minha dica é: comece com pouco para ir sentindo o mercado. Um ETF facilita muito a tomada de decisão do iniciante e a exposição acontece de forma acessível”. 

Aprendi na dor: “não montei minha reserva de emergência”

Para finalizar, embora montar uma reserva de emergência seja um consenso entre os investidores – ainda mais em um ano conturbado como 2022 -, há quem admita ter ido no caminho oposto a esta prática. 

É o caso de Caroline Rosa. “Para falar a verdade, fiz o caminho contrário. Não fiz uma reserva de ‘segurança. Comecei, há cerca de três anos, investindo R$ 30 reais em ações da Oi.

Apesar de não ter sido correto, funcionou como uma ‘virada de chave’, que me deu coragem e mostrou que eu podia investir. 

 Estou há 11 anos no mercado financeiro, mas invisto há pouco menos de três. Também passei um tempo empreendendo, mas não estava preparada para a situação e passei por tudo isso, sem ter uma reserva de segurança. Aprendi na dor.

Só depois é que passei cerca de dois anos e meio construindo minha reserva e hoje já consigo trazer diversificação para a minha carteira”, admite Caroline Rosa. 

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