A CPFL Energia (CPFE3) continua reportando fortes números, destacou o BTG Pactual (BPAC11) ao analisar a operação com State Grid (SG).
De acordo com o banco de investimentos, desde que foi adquirida pela State Grid (SG) em 2016, a CPFL continua operando bem.
No entanto, elencou, há uma transação que, se realizada, seria transformadora: a incorporação dos ativos de transmissão da State Grid.
Com esse cenário, o research do BTG estima um valor patrimonial de R$ 9,3 bilhões para o portfólio da SG, representando cerca de 30% do valor de mercado da CPFL.
O BTG recomenda Compra com preço-alvo em R$ 41,00 por ação até o final de 2022.
- Luis Stuhlberger, o “fazedor de milionários” por trás do fundo Verde

BTG – CPFL
Ainda de acordo com o BTG, suas empresas de distribuição, localizadas nas áreas de concessão mais premium do Brasil, se mostraram muito resilientes em tempos difíceis e se beneficiaram de boas revisões tarifárias e do recente descasamento inflacionário IGP-M/IPCA.
Assim, essa forte geração de caixa reduziu a alavancagem para 1,8x Dívida líquida/EBITDA (3T21), deixando a CPFL com bastante espaço em seu balanço para buscar crescimento sem prejudicar sua política de distribuição de dividendos.
Considerando o tamanho dos ativos envolvidos na transação, os investidores sempre tentaram entender se isso faz parte do plano da State Grid, e quais os termos de uma transação potencial.
“Não sabemos quando ou mesmo se isso acontecerá, mas ainda achamos que seria uma boa ideia listar todos esses ativos e tentar avaliar seu tamanho e valor. Naturalmente, o histórico e a escala maciça da State Grid contribuem para sua vantagem competitiva no Brasil, onde atua desde 2010, predominantemente no segmento de transmissão”, disse.
E acrescentou que os números do grupo são impressionantes, pois fornecem energia para mais de 1,1 bilhão de pessoas na China, cobrindo 88% do território do país com mais de 1 milhão de km de linhas de transmissão, e operam em outros 9 países, incluindo o Brasil, superando US$ 420 bilhões em receita.

Barganha com fornecedores e bancos
Segundo o BTG, o poder de barganha com fornecedores e bancos garante menores custos de capex, opex e captação.
Além de sua participação na CPFL, o grupo opera no Brasil por meio da State Grid Brazil Holding (SG Brasil), que possui 24 subsidiárias operacionais com mais de 12 mil km de linhas de transmissão, e cerca de 70 subestações. Também mais de R$ 3,7 bilhões em RAP.
Das 24 subsidiárias, detém 100% de 19 e 51% de 5, tendo Furnas, Copel e Eletronorte como sócias.
Vale destacar que a SG Brasil também venceu o bloco 1 do leilão 2020/01 após a desclassificação do Agronegócio Alta Luz Brasil.
O bloco contempla a construção de 182 km de linhas de transmissão e uma subestação em Goiás com capex estimado de R$ 420 milhões, R$ 21 milhões de RAP e energização prevista em 2025.
Veja CPFE3 na Bolsa:







