O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve reduzir o ritmo de ajuste da taxa básica de juros, a Selic. Ao menos é isso o que mostra a ata da instituição, divulgada nesta terça-feira (8).
De acordo com o documento, essa sinalização reflete o estágio do ciclo de aperto, cujos efeitos cumulativos se manifestarão ao longo do horizonte relevante.
O Copom reafirmou a última alta de 1,5 ponto porcentual (p.p.) realizada na última quarta-feira (2), que elevou a Selic de 9,25% para 10,75%, e também enfatizou que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas, e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária.
Ou seja, deve ser de 1 p.p. de alta da Selic na próxima reunião, de 15 e 16 de março, como prevê o mercado.
Trajetória da Selic
Copom
Ainda de acordo com o documento, a incerteza particularmente elevada sobre preços de importantes ativos e commodities, assim como o estágio do ciclo, fez o Comitê considerar mais adequado, no momento, não sinalizar a magnitude dos seus próximos ajustes.
Na última decisão, o Comitê entendeu que elevar a taxa básica em 1,5 p.p. refletiu o cenário de referência e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação. Além disso, a elevação é compatível com a convergência da inflação para as metas ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos de 2022 e, em grau maior, de 2023.
Também considerou ser apropriado que o clico de aperto monetário avance significativamente para território contracionista, e diz que irá perseverar em sua estratégia até que se consolide não apenas o processo desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de sua meta.