O Brasil tem um dos mercados financeiros mais robustos do mundo e se poucas décadas atrás o investidor brasileiro queria ganhar dinheiro na bolsa, atualmente ele quer isso e também saber como receber dividendos em dólar.
Esse fenômeno mostra o quanto o mercado de capitais tem crescido em solo brasileiro, com cada vez mais gente acessando a renda variável, cujo volume de produtos disponíveis atrai a atenção mediante a condição da economia.
Isso porque se os juros estão em queda acentuada, o investidor busca uma classe de ativos para se reposicionar. Entretanto, quando os juros estão em alta, de igual modo o investidor se reposiciona em outra classe de ativos.
Em relação ao dividendo, antes de tratarmos especificamente de como receber em dólares, é importante conceituar acerca dessa parcela de lucro de uma empresa.
O que são dividendos?
Os dividendos são, como já mencionados, uma parcela de lucro auferido por uma empresa e distribuído aos acionistas.
Conceitualmente, pode-se dizer que o dividendo é exatamente a quantia que um acionista recebe sobre os lucros realizados por uma empresa da qual detém ações. A depender do número de ações que ele detém (segura) daquela companhia, esse volume baseia o montante a receber.
Essa é, inclusive, uma das tantas estratégias do mercado de capitais. Há quem invista em ações para ganhar no curto, médio e longo prazo e não necessariamente esse perfil de investidor busca companhias que paguem dividendos.
Outros, porém, são adeptos do buy and hold (comprar e segurar), ou seja, dão preferência para o ganho em mais longo prazo e buscam companhias que distribuam proventos regularmente. Neste caso, faz-se uma análise bem mais detalhada, cujo objetivo é encontrar e adquirir esse tipo de ativo. O processo é lento, mas ninguém tem pressa nessa modalidade.
Depois que o investidor encontrou os ativos que mais se encaixam em seu perfil, ele poderá receber os dividendos de duas formas: pagas em dinheiro ou em ações.
Qual a relação dos dividendos com os lucros corporativos?
Como já dito, o dividendo é uma distribuição de lucros. Como o investidor passa a ser acionista de uma empresa ao comprar suas ações, ele tem o direito de receber proventos, mas somente quando a companhia alcança lucro no período do exercício.
Na contramão, se a empresa reportar prejuízo, o investidor é solidário à companhia e não receberá nenhum tipo de provento, justamente porque ela decaiu financeiramente.
Importante dizer, também, que todas estas informações são públicas e divulgadas periodicamente, ou seja, o investidor nunca fica “no escuro”. Além disso, o momento e montante dos pagamentos de dividendos têm de ser autorizados pelos conselhos de administração de uma empresa.
Via de regra, as empresas listadas na bolsa de valores costumam divulgar seus balanços quatro vezes por ano, marcando cada trimestre com relatórios robustos, onde toda a operação é escaneada e ali o investidor, as autoridades de mercado, os analistas e qualquer outro interessado pode checar a saúde financeira daquela organização.
E é justamente nesta periodicidade, ou seja, trimestral, que as companhias costumam informar a quantia, e data de pagamento e a data de corte das ações. Significa dizer que é muito comum o pagamento de dividendos a cada três meses. Mas há quem pague mensalmente, bem como outras empresas que pagam semestralmente.
Descobrir como cada uma opera faz parte do trabalho do investidor quando este está buscando os ativos certos para sua carteira. Entretanto, cabe ressaltar que a distribuição dos dividendos não é, exatamente, uma obrigação, pois o conselho de administração das companhias pode preferir reinvestir aquele dinheiro no próprio negócio.
Desta forma, a distribuição de dividendos é um “plus”, ou um benefício a mais que aquela organização oferece para, desta forma, atrair mais investidores. Por isso, o histórico de pagamento de dividendos é um indicador importante nesse contexto.
Outro ponto de atenção é que os dividendos podem ser pagos a partir de ganhos correntes, ganhos passados ou mantidos como reserva. Os detentores de ações preferenciais recebem habitualmente uma taxa fixa de dividendo e são pagos em primeiro lugar. Não incide, até o momento, imposto sobre dividendo recebido.
Mas como receber dividendos em dólar?
O investidor que deseja receber dividendos em dólar deve adquirir ações de empresas estrangeiras.
Recentemente, o portal EuQueroInvestir publicou um conteúdo ensinando como o investidor poderia adquirir ações ou BDRs da Amazon. O procedimento elencado é o mesmo para quem deseja investir em outras empresas estrangeiras, mas que paguem dividendos.
Acontece que muitos investidores estão despertando para as empresas norte-americanas como uma possibilidade viável de alocação de recursos. E eles podem dar esse passo tanto por meio do BDR quanto por meio da compra do ativo diretamente lá fora, com auxílio de uma corretora.
Os BDRs são certificados que representam ações emitidas por empresas em outros países, mas que são negociados na bolsa local. No caso do Brasil, a B3.
Desta forma, o investidor pode adquirir o certificado por iniciativa própria ou solicitar à sua corretora de valores ou assessoria de investimentos.
Vale destacar, no entanto, que a remuneração do BDR é impactada de acordo com a cotação do real ante o dólar no dia do pagamento, já que o provento é pago na moeda local.
Já os investidores que têm por preferência investir diretamente no exterior podem abrir uma conta na corretora Avenue. Trata-se de uma empresa brasileira que opera lá fora e, após ingressarem na plataforma, podem dar a ordem de compra para o que desejarem.

Como adquirir ativos via corretora?
O mercado mais robusto do mundo, Wall Street, também está acessível a investidores estrangeiros. Para isso, os interessados devem se cadastrar em corretoras que atuem por lá – como a Avenue, por exemplo.
Após feito este procedimento, basta acessar a plataforma da referida corretora e fazer uma checagem acerca dos ativos que estão disponíveis por ali. Boa parte delas trabalha com stocks (nome dado as ações internacionais), reits (os fundos imobiliários dos Estados Unidos) e os ETFs (mais conhecidos como fundos de índice).
Importante dizer novamente que, comprando lá fora, via corretora, os dividendos costumam ser pagos de forma integral, ou seja, como foram anunciados. Porém, comprando por meio de BDRs, incidirá sobre a operação a cotação do real frente ao dólar no dia do pagamento.
A Avenue oferece algo a mais?
A Corretora Avenue é parceira da EQI Investimentos e, para atrair ainda mais o interesse desse público que busca ativos lá de fora, colocou na praça recentemente seu cartão de crédito por meio do Avenue Banking.
O Avenue Banking é, na verdade, uma conta bancária norte-americana que permite que seu titular mantenha seus recursos em dólar para fazer transações internacionais, e o produto tem diversas vantagens que vão além de valorizar o patrimônio com a apreciação do dólar.
Importante dizer, ainda, que para abrir a conta e mantê-la simplesmente não há nenhum tipo de tarifa, evidenciando a facilidade de acesso a esse instrumento, e a segurança é um ponto forte da Avenue.
Outro diferencial diz respeito ao cartão de débito Avenue, que não apresenta custos em sua emissão, e o titular ainda pode conectá-lo a diferentes meios de pagamento, como Google Pay, Samsung Pay e Apple Pay.
Quem comanda a Avenue?
Até julho de 2022 a Avenue era uma casa basicamente independente e bem-sucedida que acabou atraindo a atenção de grandes bancos, como o Itaú Unibanco que, naquela data, anunciou a aquisição de 35% da corretora.
A transação entre as partes prevê, ainda, a opção de compra de mais 15,01% em dois anos e compra de participação total em 5 anos. O valor do negócio é de R$ 493 milhões. A ideia do banco, com a aquisição, é que o cliente possa, em uma mesma plataforma, fazer investimentos tanto no Brasil quanto no exterior.
Mas quem comanda o dia a dia da empresa é o CEO Roberto Lee. Ele tem uma atuação sólida de mais de duas décadas no mercado financeiro. Empreendedor, fundou empresas de sucesso como a Wintrade, a Clear e a Avenue.
Lee iniciou sua carreira na Patagon.com em 1998, e lá permaneceu até 2002, ingressando depois na Ágora Corretora. Nas duas empresas, ele desempenhou diferentes funções relacionadas a operações de custódia e compensação de valores mobiliários.
Em 2005, Roberto Lee fundou a Wintrade Investimentos, uma das pioneiras em investimento online para o mercado de varejo, atuando como Diretor de Produtos e Marketing.
Posteriormente, em 2010, vendeu sua participação na Wintrade para fundar e ser CEO da Clear Corretora, que rapidamente se tornou uma das principais corretoras online no Brasil.
Em 2014, após fusão entre Clear e XP Investimentos, passou a desempenhar também os papéis de CIO e CMO da XP Investimentos, onde ficou até 2017. Neste período, liderou grandes projetos de publicidade e de tecnologia, contribuindo significativamente para o crescimento do grupo.
Depois, fundou a Avenue, corretora que, em quatro anos, conquistou 229 mil clientes ativos, 492 mil contas e R$ 6,4 bilhões sob custodia.
E quanto aos dividendos, eles ainda valem a pena?
Como mencionado no topo deste artigo, o investidor brasileiro está despertando para os dividendos, justamente porque essa classe de ativos pode ser contada como uma renda extra.
Obviamente isso não diz respeito ao investidor profissional, ou seja, aquele que está operando no mercado há bastante tempo, mas sim aos novos investidores.
Com a escalada dos juros, muitos produtos de outrora deixaram de fazer sentido, a exemplo da aquisição de bens físicos como casas e apartamentos.
Isso porque, ao adquirir um imóvel, o comprador vai despender, ainda com custos cartoriais e de prefeitura, com seus muitos impostos.
Desta forma, uma parcela considerável da população está optando por redirecionar esse recurso para o mercado de capitais, mais precisamente em ativos que paguem proventos, que podem ser dividendos, dividendos intercalares e até juros sobre capital próprio.
O próprio fortalecimento do mercado de capitais no Brasil, com mais gente entrando e regras sempre mais rígidas, confere ainda mais confiança a esse e outros tipos de operação.
Quem encontrou esse novo modelo de remuneração dificilmente abrirá mão desse tipo de produto de investimento. Assim, a tendência é o mercado crescer muito mais.
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