A Covid-19 e outras crises nos ensinaram nesses últimos anos a importância de ter um planejamento financeiro.
Muitos de nós não tivemos nas escolas matérias como educação financeira e temos a tendência de seguir um estilo de vida que normaliza o consumo desenfreado, onde o dinheiro nunca sobra final do mês.
Na coluna de hoje, você vai aprender por que precisa de um e como fazer um planejamento financeiro.
Nessa década em específico, todos temos mais acesso à informação com a tecnologia e também vivemos uma pandemia de imediatismo, com altas expectativas em relação às nossas carreiras e vida social e senso de urgência por resultados, o que nos leva a estar sempre inconformados com nossas situações atuais.
Além disso, existe um grande problema em relação à previdência pública, em que trabalhadores que passaram a vida toda contando com esse dinheiro ao se aposentar enfrentam dificuldade em manter seu estilo de vida devido ao teto limitado do INSS ou até mesmo devido a problemas no recebimento do seu direito.
Em paralelo a isso, os produtos financeiros e os tipos de investimentos são, muitas vezes, complexos de se fazer entender por parte da população, dificultando o acesso a esse conhecimento e gerando diversos tabus em relação ao tema.
Apesar disso, conseguimos compreender o básico gradualmente, focando inicialmente no planejamento financeiro, o qual é a base de tudo nos investimentos.
Mas o que é o planejamento financeiro?
Ele é apenas a boa organização da sua vida financeira. Esta é uma explicação simples para o monstro de sete cabeças que muitas pessoas criam.
Isso porque o planejamento financeiro seria o principal herói, aquele que ajuda a te mostrar que você precisa quitar suas dívidas (o monstro) e você pode não só economizar como aprender a investir e fazer seu dinheiro render.
Por outro lado, assim como ele te ajuda a matar o monstro, você tem que ter um compromisso com ele para não se perder. Com ele, você vai aprender a equilibrar suas contas e fazer uma boa gestão de todas as suas finanças, por meio de monitoramento, anotações e análise de todos os seus gastos.
Exemplos de utilidade do planejamento financeiro:
- Traçar objetivos específicos (exemplo: comprar um carro)
- Definir o longo prazo (aposentadora, como você quer estar daqui a x anos)
- Quitar suas dívidas (e evitá-las no futuro)
- Controlar, monitorar e analisar todas as suas despesas.
Um bom exemplo é quando uma fatura de cartão de crédito não é paga dentro do prazo de vencimento e começam a rodar juros. Esses juros são valores que você não estava programado a pagar e viram uma bola de neve desnecessária.
Você consegue ver com que categorias está gastando mais dinheiro e se é realmente necessário gastar tanto com determinada despesa.
Com esse tipo de gestão, você consegue definir previamente um orçamento para gastos periódicos com determinadas categorias.

Como fazer seu próprio planejamento financeiro?
Primeiro passo é fazer um diagnóstico, uma autoanálise, que vai te mostrar como está sua situação financeira atual. Ou seja, pegue uma planilha e liste todos os gastos que você teve durante o mês, bem como todas as receitas, separando eles em fixos e variáveis.
Classificados estes gastos, é preciso apontar as prioridades deles. Assim, é possível dividi-los em essenciais (que não podem deixar de ser pago), fundamentais (faz parte do estilo de vida, mas é possível ficar sem) e os supérfluos.
Desta forma, você consegue analisar se o dinheiro sobra ou não final do mês, onde você gasta mais dinheiro e caso você precise, como você pode reduzir esses gastos. Além disso, é importante definir seus objetivos, para pensar em um plano de ação a partir deles.
Outro passo importante é a pessoa conseguir definir dentro do seu planejamento um valor que ela possa destinar para uma reserva de emergência, caso você ainda não tenha, e investir nos seus objetivos.
A recomendação é que o planejamento financeiro seja feito mensalmente, sempre antes do início de cada mês. Se é a primeira vez que você faz, deve lançar todas as receitas e gastos que tiver e acompanhá-lo semanalmente, para nada fugir do controle.
Além disso, é válido fazer um acompanhamento de perto do planejamento, adaptá-lo e ajustá-lo quando necessário, caso surjam imprevistos ou mudanças de valores e metas do que foi previamente projetado. Afinal, esse acompanhamento permite checar se você está conseguindo cumprir seu planejamento.
Por fim, conte com a ajuda de um assessor de investimentos da EQI para atingir seus objetivos!
Por Júlia Wazlawick, assessora de investimentos, influenciadora e criadora de conteúdo sobre finanças e educação financeira.
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