O Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 4,0 pontos em abril, para 96,2 pontos, maior nível desde novembro de 2021 (96,8) e a segunda alta consecutiva, depois de crescer 3,0 pontos em março. Os dados foram divulgados na manhã desta quinta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre).
A alta do ICS foi disseminada em 12 dos 13 segmentos pesquisados e influenciada tanto pela melhora na avaliação das empresas sobre a situação atual quanto das perspectivas para os próximos meses:
- O Índice de Situação Atual (ISA-S) avançou 5,1 pontos, para 96,0 pontos, maior nível desde abril de 2014 (96,3 pontos)
- O Índice de Expectativas (IE-S) subiu 2,9 pontos, para 96,6 pontos, maior nível desde dezembro do ano passado (98,7 pontos).
Otimismo nos serviços prestados às famílias
O resultado positivo do mês foi disseminado entre os principais segmentos do setor, mas um dos principais destaques voltou a ser o segmento de serviços prestados às famílias.
Ao longo de 2021, o segmento contribuiu positivamente para a recuperação do setor influenciado pelos altos índices de vacinação no país e flexibilização das restrições impostas pelo combate à Covid-19.
Contudo, na virada do ano, a queda nos serviços prestados às famílias se mostrou mais intensa com o aparecimento da variante Ômicron. Com a melhora dos números da pandemia, a alta da confiança nesses últimos meses já recuperou o que foi perdido nos primeiros meses de 2022 e novamente puxa a retomada do setor.
“Para os próximos meses, ainda é possível imaginar continuidade de recuperação, dado que o setor de serviços foi o que mais sofreu ao longo da pandemia. Contudo, altas mais expressivas ainda dependem de melhora do cenário macroeconômico”, avaliou Rodolpho Tobler.
Comércio tem recuo de 0,9 pontos
O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) recuou 0,9 ponto em abril, ao passar de 86,8 para 85,9 pontos. Foi a segunda queda consecutiva, depois da variação negativa de 0.2 pontos em março. O resultado foi influenciado principalmente pela piora do Índice de Expectativas do Comércio (IE-COM), que caiu 6,8 pontos, chegando a 79,6 pontos, menor patamar desde março de 2021 (70,2 pontos). Esse índice demonstra um pessimismo com a situação no médio e longo prazo, como
O Índice de Situação Atual (ISA-COM) subiu 5,3 pontos, ao passar de 87,6 pontos para 92,9 pontos, maior nível desde outubro de 2021 (95,3 pontos). O cenário confirma uma reversão de tendências nos últimos meses, de satisfação com o cenário atual, mas com perspectivas pouco animadoras.
“O viés negativo do resultado foi puxado por uma nova queda significativa das expectativas em relação aos próximos meses. Por outro lado, a percepção do volume de vendas no mês corrente avançou, mas ainda é preciso considerar que essas altas recentes ainda não devolveram todas as perdas sofridas desde o final de 2021. Para os próximos meses, o cenário do setor de comércio ainda parece incerto, dado que as perspectivas dos empresários sobre vendas, tendência dos negócios e emprego são de queda, o ambiente macroeconômico complicado e a confiança dos consumidores oscilando em patamar baixo”, avalia Rodolpho Tobler, economista do FGV Ibre.
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